Segundo a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN), o Governo em vez de travar o desemprego, "introduz fatores que fazem crescer o desemprego na região e no país", declarou na tribuna pública António Goulard, responsável pela União de Sindicatos do Algarve.
Folha do Domingo/Lusa
“A ausência de medidas urgentes e adequadas, pela qual são responsáveis quer o anterior, quer o atual Governo, acentuaram ainda mais o cenário de crise regional”, lê-se também no documento distribuído hoje à população farense e que vai ser entregue à Governadora Civil de Faro.
Durante a tribuna pública, a CGTP recordou que o Algarve registava em dezembro último “perto de 30 mil desempregados”, mais “1.750 desempregados que há um ano, e que era previsível que voltasse a ser a região com uma maior taxa de desemprego do país.
Para além do grupo Alicoop estar em perigo de encerrar e poder lançar 400 pessoas no desemprego, a CGTP recordou que as pessoas despedidas da Groundforce, Unicofa, do grupo Luna Hoteis e ainda a introdução de portagens na Via Infante vão engrossar ainda mais o volume de desemprego da região.
“O Governo não desiste da intenção de colocar as portagens na Via Infante e isso vai provocar automaticamente o encerramento de micro-empresas e mais desemprego”, alerta aquele sindicato.
A CGTP apela ao Governo para adoptar “medidas opostas às que está a implementar, quer na região, quer no plano nacional” e promete endurecer a luta já em fevereiro.
“A CGTP vai desencadear um conjunto de iniciativas para desenvolver ações de luta. Vamos voltar à rua em fevereiro”, avisa, pelo altifalante, António Goulard, logo seguido de aplausos dos transeuntes que escutavam a tribuna pública.
A CGTP manifestou ainda solidariedade para com os trabalhadores da Alicoop e Alisuper e a todos os trabalhadores que perderam os seus empregos e admitiram ir intensificar a acção de luta nos próprios locais de trabalho.