O comandante Ventura Borges afirmou à agência Lusa que “estão 13 embarcações, cinco da Marinha e oito de pescadores que foram contratados pelas câmaras, a realizar os trabalhos de remoção do peixe morto”, situação que se verifica há cerca de três semanas mas cujo motivo as autoridades ambientais ainda não descobriram.

Ventura Borges, capitão do porto de Vila Real de Santo António, explicou que a situação é “preocupante” e “já se verifica há várias semanas”, mas “as três análises efetuadas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), através da Administração da Região Hidrográfica do Algarve, revelaram valores normais e sem risco para a saúde pública na água”.

Foram também recolhidos peixes para análise, mas os resultados ainda não são conhecidos, segundo a APA.

“Vemos a situação com alguma preocupação, porque não foi possível identificar na causa do problema”, admitiu o capitão do porto.

A Câmara de Alcoutim retirou na terça-feira mais de uma tonelada de peixe morto do rio Guadiana, que foi hoje enterrado, disse o presidente, Francisco Amaral, à Lusa.

O autarca lamentou que as autoridades ambientais ainda não tenham identificado a origem do problema e que situação se repita há várias semanas.
Ventura Borges disse ainda que, “por efeito das correntes e marés, estão também a aparecer peixes mortos em algumas praias”, mas as câmaras estão a remover esses peixes durante a noite e a manhã.

Lusa