© Epa/Tiago Petinga
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A Marinha portuguesa conduziu ontem, a cerca de 20 quilómetros a sul de Portimão, o exercício naval “SeaBorder 13”, em que participaram três dos dez países da Iniciativa 5+5, cuja missão é melhorar a coordenação do patrulhamento no mar Mediterrâneo.

O grupo 5+5 é constituído por Portugal, Espanha, França, Itália, Malta, Marrocos, Mauritânia, Argélia, Tunísia e Líbia.

No exercício militar anual dos 5+5, participaram meios navais e aéreos de Espanha e Marrocos, tendo sido acompanhado pelos ministros da Defesa de Portugal, Espanha e de Marrocos, e vários observadores internacionais, a bordo da fragata portuguesa “Vasco da Gama”.

O exercício decorreu com vários cenários, entre os quais a interceção de um navio mercante reportado como ligado a uma rede de crime transnacional com destino a um porto europeu, a abordagem a uma embarcação suspeita tomada de assalto por uma equipa de fuzileiros helitransportada.

“É um exercício importante que permitiu a troca de experiência entre equipas e navios de diferentes países, treinar em conjunto e melhorar a operacionalidade”, explicou o comandante operacional José Croca Favinha.

Segundo aquele comandante, o objetivo destes exercícios é criar uma relação de confiança entre as várias Marinhas e melhorar a atuação conjunta e eficiência em operações de segurança marítima em área de interesse comum dentro dos países que integram o grupo 5+5.

Segundo o ministro português da Defesa, José Aguiar-Branco, o exercício naval conjunto “tem a ver com a necessidade de fazer uma vigilância da zona marítima, no que respeita ao narcotráfico e outras situações que são fontes de financiamento para terrorismo”.

“Uma operação conjunta permite diminuir custos e aumentar a eficácia de treino e intervenção de Forças Armadas de vários países, ao mesmo tempo que estreita relações de confiança e de amizade”, destacou o governante.

No “SeaBorder 13” estiveram envolvidos a fragata Vasco da Gama, o submarino Tridente, o navio hidrográfico Auriga, a lancha rápida Centauro, um navio patrulha, um avião P3 Orion e um helicóptero Merlin, todos da Marinha Portuguesa.

Participaram ainda uma equipa de “boarding” da Tunísia, um navio vigia, um helicóptero Puma e um avião da Marinha de Espanha, bem como, uma fragata marroquina.