O prelado, no vídeo divulgado há pouco no Portal da Diocese do Algarve na Internet, no seu canal no YouTube e noutras redes sociais, recorda que “a Igreja sente o dever de renovar com vigor a mensagem de esperança que Deus lhe confiou e que repete à Europa: Não temas! O Evangelho não é contra ti, mas a teu favor”. “Tem confiança! Podes estar certa! O Evangelho da esperança não desilude! Nas vicissitudes da história de ontem e de hoje, é luz que ilumina e orienta o teu caminho; é força que te sustenta nas provações; é profecia de um mundo novo; é indicação de um novo início; é convite a todos, crentes e não crentes, para traçarem caminhos sempre novos”, sustenta o prelado.
D. Manuel Quintas repete ainda aos algarvios o convite do anjo aos pastores de Belém – “Não temais nasceu-vos hoje um Salvador, que é Cristo Senhor” –, lembrando a celebração do Natal num “tempo marcado pela incerteza, numa região com a maior taxa de desemprego do país e as consequências que daí advêm”. “Este convite à confiança e à esperança é expressão da presença de Deus e garantia da sua proteção junto daqueles aos quais confia uma missão, como aconteceu com Maria; é certeza da presença de Cristo, que serena o «mar agitado» da vida, e acompanha, de modo permanente em todos os tempos, a ação dos seus discípulos”, complementa.
O bispo do Algarve lembra ainda ser “este mesmo convite, que o apóstolo Pedro dirige às comunidades cristãs primitivas: «Não temais, nem vos deixeis perturbar. Mas venerai Cristo Senhor nos vossos corações e estai sempre prontos a responder a todo aquele que vos perguntar a razão da vossa esperança»”. “A verdadeira esperança, aquela que resiste apesar de todas as desilusões, só pode estar n’Aquele que nos amou e continua a amar «até ao fim», cujo nascimento, mais uma vez, nos preparamos para celebrar”, acrescenta o prelado.
D. Manuel Quintas lembra ainda a importância da caridade, pedindo “semeadores da esperança”, “fruto da caridade solidária recebida e oferecida” nesta quadra. “Celebrar o Natal é corresponder, de modo permanente, ao apelo quotidiano de estender o testemunho da caridade, para além das fronteiras da comunidade eclesial, envolvendo toda a pessoa, de tal modo que o amor por todos os homens se torne estímulo de autêntica solidariedade em toda a vida social”, explica, lembrando que, “quando a Igreja serve a caridade, faz crescer simultaneamente a cultura da solidariedade, contribuindo para dar nova vida aos valores universais da convivência humana”.