Em resposta, o MAI informa que “no distrito de Faro, e por comparação com 2009, em 2010 registou-se um decréscimo de 1.3% na criminalidade geral e uma diminuição de 0.3% na criminalidade violenta e grave”.
No primeiro trimestre deste ano, houve uma diminuição de 7.9% no total de crimes participados e um decréscimo de 21.7% na criminalidade violenta e grave.
“Cumpre, ainda, destacar que em 2011 se registou ‘apenas’ um homicídio, valor inferior ao verificado no período homólogo do ano transato”, indica a nota.
Os dados do MAI mostram também que o decréscimo se verificou no município de Albufeira, onde, em 2010, houve uma descida de 5.3% na criminalidade geral e de 21.5% na criminalidade violenta e grave, tendência que se mantém este ano.
O MAI indica, no entanto, que foram dadas orientações à GNR e à PSP para reforçarem “a sua presença, visibilidade e atividade operacional na região do Algarve para elevar os níveis subjetivos e objetivos de segurança e intensificar a prevenção da criminalidade” e lembra que “segundo dados da EUROSTAT, no âmbito da União Europeia, Portugal apresenta a segunda menor taxa de criminalidade participada por 1.000 habitantes”.
Atualmente prestam serviço 2.090 elementos (1.224 da GNR e 866 da PSP) no distrito de Faro. Em Albufeira estão ao serviço 172 militares da GNR.
O MAI recorda que em 2010 foi criado o Projeto “Algarve Seguro”, que visa incrementar a capacidade operacional das forças de segurança através de uma solução integrada de novos instrumentos tecnológicos e que foi desenvolvido o Sistema Móvel de Identificação Local de Estrangeiros (SMILE), que visa reforçar a segurança no controlo de fronteiras e suportar as ações de fiscalização.
Tendo em conta que o Algarve é um destino privilegiado de férias, tanto de cidadãos estrangeiros como nacionais, todos os anos as forças de segurança reforçam o seu dispositivo no âmbito da Operação Verão Seguro, lembra o MAI.
Através deste programa é intensificado o patrulhamento e são ajustados os meios, humanos e materiais, de forma a concentrar a sua capacidade operacional nas zonas de maior incidência turística. Além de uma maior visibilidade, pretende-se aumentar o sentimento de segurança em zonas balneares, em áreas turísticas e comerciais e nos principais eixos rodoviários.
O turista britânico morreu na segunda-feira no Hospital de Faro com vários hematomas e traumatismos, nomeadamente um traumatismo na zona craniana, depois de ter sido atacado dez dias antes na rua por um gangue. Em consequência deste homicídio, as autoridades britânicas aconselharam os turistas que viajem para Portugal a serem cautelosos.