
A ministra do Mar disse ontem que o setor precisa de um “forte impulso” para continuar a desenvolver-se e desafiou as universidades e as empresas a intensificarem as candidaturas de projetos a fundos comunitários nesta área.
“A área do mar precisa ainda de um forte impulso, que pode vir das universidades, que têm estado na linha da frente no aproveitamento destes recursos”, disse Assunção Cristas, desafiando também as empresas e outras instituições ligadas à investigação a aproveitarem “o mais possível” os fundos comunitários.
A ministra da Agricultura e do Mar falava ontem na Universidade do Algarve (UAlg), durante a sessão pública de abertura do Roteiro do Mar, onde foram também apresentadas as linhas orientadoras do Programa Mar 2020 e do Programa Operacional do Algarve, para o período 2014-2020.
Segundo Assunção Cristas, apesar do trabalho feito, há ainda “muito por onde progredir”, sobretudo no que respeita à divulgação do que se faz em Portugal na área da economia do mar, missão que já levou a ministra à Noruega, Japão e Coreia do Sul, num roteiro de captação de investimento.
Na abertura da sessão pública, o reitor da UAlg, António Branco, afirmou que na última década foram geridos naquela instituição 41 projetos de investigação, envolvendo 25 milhões de euros, muitos dos quais ainda em execução em pelo menos cinco centros de investigação da universidade.
António Branco frisou ainda que entre os anos de 2000 e 2014, a UAlg foi responsável por 22% da produção científica nacional na área do mar, com 1.022 publicações, “produção apenas ultrapassada pela Universidade de Lisboa”.
O Roteiro do Mar terminará com a ‘Semana Azul’, que decorre em Lisboa nos dias 04, 05 e 06 de junho, evento que visa mostrar o que de melhor existe na área do mar a nível nacional e que vai coincidir com uma cimeira mundial de ministros do Mar.
A terceira edição da Cimeira Mundial dos Oceanos, organizada pela revista The Economist (entre 03 e 05 de junho), reunirá especialistas, cientistas, decisores do mundo dos negócios, de organizações não-governamentais e de governos.