O restante valor foi suportado pela autarquia de Castro Marim e pela associação, que passa agora a dispor de um equipamento que integra a rede de cuidados continuados integrados do Algarve, onde até ao final de 2013 vão começar a funcionar duas outras unidades, uma em Aljezur e outra em Estoi, no concelho de Faro.
A Unidade de Cuidados Continuados Integrados de Longa Duração e Manutenção do Azinhal, no concelho de Castro Marim, tem 30 camas, é gerida pela Associação de Bem Estar Social da Freguesia do Azinhal (ABESFA), que obteve financiamento do Programa Modelar I, com o Ministério da Saúde a financiar 750 mil euros para as componentes de “edificações e instalações técnicas” e “equipamentos”.
Sobre a unidade do Azinhal, Paulo Macedo disse que “é um investimento significativo”, que vai permitir “dar resposta a pessoas idosas e com dependências elevadas” e “se insere num conjunto de mais de 20 unidades que, em 2013, vão ser disponibilizadas” em todo o país.
O ministro disse ainda que, apesar da crise e da necessidade de contenção, é “cada vez mais uma necessidade canalizar investimento” para estes equipamentos, face ao envelhecimento da população portuguesa e também de com dependências elevadas.
Paulo Macedo defendeu a continuidade do modelo de parceria público-privado para o desenvolvimento de Unidades de Cuidados Continuados, mas quer evitar novos projetos com poucas camas e que não compensem o investimento feito em profissionais.
“A generalidade das entidades que concorreram a estes fundos e que conjugaram esforços com as câmaras são de facto do setor social, na sua maioria, e nessa parte o modelo é virtuoso e o Estado e o ministério da Saúde quererá prosseguir. Mas há aspetos que nós temos que ir alterando, ou seja, por exemplo, não faz sentido continuarmos a ter muitas unidades com seis ou sete camas, porque é indispensável, além da proximidade, termos uma massa crítica”, afirmou no governante.
Paulo Macedo referia-se ao conjunto de profissionais, médicos, terapeutas ou de outras áreas, que são necessários para prestar serviços de qualidade aos utentes dos cuidados continuados e “não podem ser pulverizados por várias unidades, porque depois não é possível ter os terapeutas necessários, este tipo de ginásios e este tipo de valências”.
“Aí é uma alteração que queremos fazer e no futuro queremos contratar unidades de maior dimensão para poder potenciar, não só a questão dos custos, mas certas valências e prestação de cuidados que não podem ser prestados quando se trata de acordos com seis ou sete pessoas”, referiu, sem apontar um número exato de camas.