O Algarve tem sido palco de vários assaltos violentos, dirigidos sobretudo a estrangeiros residentes em moradias situadas em zonas de habitação mais dispersa, com particular incidência no concelho de Loulé.

"Nós tivemos muito mais visibilidade das forças de segurança no Algarve, mais operações, mais fiscalização e, em geral, uma redução da criminalidade", afirmou Miguel Macedo, aplaudindo a cooperação entre as forças de segurança e a comunidade estrangeira.

O ministro da Administração Interna falava aos jornalistas à margem de um reunião realizada hoje na sede do Turismo do Algarve, em Faro, na qual foi discutido o reforço policial previsto para a região no próximo verão, dispositivo que só será apresentado oficialmente nas próximas semanas.

O encontro, que durou cerca de duas horas, contou também com a presença do secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, do presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve, Macário Correia, de representantes das forças policiais, do setor da hotelaria e ainda da comunidade estrangeira residente no Algarve.

Miguel Macedo sublinhou que o reforço das forças de segurança na região tem sido feito durante todo o ano, mas admitiu que não se podem ignorar os efeitos da sazonalidade na região, muito intensa no período de verão.

O governante disse ainda ter sentido ao longo do último ano "uma evolução grande" no domínio do combate ao crime dirigido à comunidade estrangeira e aplaudiu os esforços de cooperação entre aquela e as forças policiais.

"Nesta reunião tivemos oportunidade de falar com um dos responsáveis da comunidade estrangeira a viver em Portugal e que tem tido uma atuação de grande cooperação com as forças de segurança, que tem contribuído, através de programas específicos, para o aumento da segurança dessa população, sobretudo nos casos em que vivem mais isolados", concluiu.

Questionado sobre o elevado número de pedidos de reforma de elementos das forças de segurança registados em 2012, o ministro afirmou que não houve grandes alterações em relação aos pedidos efetuados em anos anteriores.

Lusa