Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Cerca de 50 estudantes, professores e funcionários da Universidade do Algarve (UAlg) e alguns familiares participaram ontem, ao final da tarde, na missa de abertura do ano académico que teve lugar na igreja de São Pedro de Faro.

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O capelão da academia, que presidiu à eucaristia, exortou os presentes a defenderem a “herança” da fé no meio universitário com o “testemunho de vida”. “Como é que este punhado pode influenciar a universidade? Como é que cada um de vocês se posiciona na universidade em relação a esta herança? Se não é conhecida, então cada um que está aqui tem obrigação de dar a conhecer”, afirmou o cónego César Chantre.

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“Esta é a nossa herança: defender o princípio da verdade, da justiça e fraternidade porque somos todos filhos do mesmo Deus”, sustentou ainda o capelão, acrescentando tratar-se de “uma herança, sem a qual não teriam nascido os direitos humanos”. “Os cristãos, às vezes, nem se apercebem como uma das maiores riquezas da civilização tem a ver com Jesus Cristo”, prosseguiu na homilia.

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“Temos de criar este «balão de oxigénio» na nossa escola que é respirar o amor de Deus, mesmo que haja perseguição”, pediu, explicando que a “perseguição” pode ser “intelectual, psicológica”. Neste sentido, desafiou os estudantes a uma atitude “sem medo de ouvir a palavra de Deus e de a vivenciar” para, “com testemunho, atrair os outros”. “Como difícil, por vezes, deve ser testemunhar a fé nessas circunstâncias”, admitiu, agradecendo “penhoradamente” aos presentes a sua “manifestação de fé neste meio”.

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O capelão considerou que já “alguma coisa está a mexer” na academia. “Não é por acaso que houve respostas positivas e rápidas para a ‘Missão País’ que queremos implementar na Universidade do Algarve”, adiantou, falando em “sinais de esperança”.

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O cónego César Chantre regozijou-se ainda com a presença daqueles estudantes. “Este ano estão mais do que o ano passado. Considero que está aqui um bom grupo de universitários, contrariando o espetáculo da bênção das pastas que muitas vezes não tem a ver com a fé, mas com um dado sociológico”, afirmou, desejando ser preciso “inverter essa situação”, “a não ser que a expressão espetacular fosse o resultado de uma fé vivida”. O sacerdote adiantou que preferia fazer a bênção ao longo do ano, individualmente, em cada curso e lembrou ser o que já acontece com o Curso de Enfermagem. “Tem um cunho intimista maravilhoso”, testemunhou.

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A celebração, que contou com a presença do presidente da Associação Académica, Pedro Ornelas, teve continuidade com a bênção dos trajes académicos, com o sacerdote a esclarecer que a mesma “é fundamentalmente para a pessoa, o estudante, que se expressa nos seus símbolos”.

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No final da celebração, promovida em colaboração pela Capelania e pela Associação Académica da UAlg, foi ainda anunciado o dia de retiro previsto para os estudantes.