Celebração contou com bênção dos estudantes, docentes e funcionários não docentes

Cerca de 45 estudantes, docentes e funcionários não docentes participaram ontem à noite na Missa de Abertura do Ano Académico, que foi celebrada na Sé de Faro, promovida pela Capelania da Universidade do Algarve (UAlg) em colaboração com o Setor da Pastoral Universitária da diocese algarvia.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Antes da Eucaristia, o capelão da UAlg, que presidiu àquela celebração, começou mesmo por apresentar os oito estudantes daquela academia que, juntamente consigo, constituem a equipa do Setor Diocesano da Pastoral Universitária.

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No inicio da celebração, o padre António de Freitas explicou que ela visou pedir a Deus que abençoe este ano académico que se iniciou no último mês. “Também para lhe pedir a força para que, no meio das atividades académicas, tenhamos sempre esta consciência de que podemos iluminar a vida dos outros que estão à nossa volta. Muitas vezes, através de nós, o Senhor fala à vida dos outros, toca o coração dos outros e pode iluminá-los”, acrescentou, lembrando que todos são “irmãos uns dos outros na fé”, membros de uma mesma “família” que disse ser a UAlg.

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Na homilia, o sacerdote voltou ao tema para exortar os membros da comunidade académica a “caminhar na beleza da vida cristã e no caminho da santidade” para serem “pequenas luzes que iluminam a vida uns dos outros” e à coerência entre a fé e a vida. “A coerência com que procuramos viver no dia a dia a nossa fé, é fundamental. Pela nossa coerência podemos, às vezes sem nos dar conta, ajudar muitos a aproximarem-se e a saborearem o amor de Deus por eles. Se os outros virem nos nossos gestos a fé que dizemos ter, se os outros virem nos nossos gestos e escutarem nas nossas palavras a bondade, a ternura, compreensão, a justiça, a defesa daqueles que têm menos possibilidades ou até são maltratados, então perceberão que Deus também é para eles e que também os quer a eles”, prosseguiu.

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O sacerdote alertou, então, para a valorização do bem comum em detrimento do bem pessoal. “Podemos ser alunos brilhantes, mas humanamente indiferentes uns aos outros. Podemos ser professores ou funcionários com doutoramentos e mestrados, mas depois, no trato com os outros, sermos rudes e não sermos sinal do amor de Deus. Temos esta missão que Deus nos confia: não sermos só homens e mulheres que procuram a satisfação e o bem pessoal na busca de um título ou de uma profissão ou de cumprir o nosso dever, mas que busquemos, antes de mais, o bem uns dos outros”, pediu.

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“Os títulos académicos são importantes? Claro que sim porque é através deles que serviremos a sociedade, mas mais importante do que isso é imprimir em cada tarefa que Deus nos concede uma capacidade de procurar sempre amar o outro e reconhecer no que está ao meu lado aquele a quem Deus me pede que ame”, prosseguiu, acrescentando: “podemos e devemos fazer tanta diferença no dia a dia da nossa universidade se procurarmos viver não apenas um amor meramente humano, que é sempre limitado, mas tentarmos ser com os outros um sinal do amor de Deus”.

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Lamentando que, hoje, “discursos mais extremistas a nível do acolhimento das pessoas de proveniências diferentes, acentuam-se na sociedade”, lembrou que “para Deus não há aceção de pessoas”. “Que não sejamos daqueles que fazem aceção”, pediu, lembrando que “o coração de um cristão deve ser um coração universal, uma casa aberta para todos, onde todos devem ter lugar, mesmo que tenham ideias completamente diferentes”. “É na abertura de coração que podemos partilhar, debater, conversar sobre as ideias diferentes que temos e assim, juntos, mesmo com ideias diferentes, construir um caminho comum”, sustentou.

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O padre António de Freiras realçou assim “a universidade como o lugar e o espaço de todos os saberes que se transmitem, partilham e comunicam”. “É um lugar universal. E, por isso, não só devem ter lugar todos os saberes, como todas as pessoas devem sentir que ali têm o seu lugar. Que isto aconteça também através da nossa vida. Que os outros possam ter um lugar na minha vida”, pediu.

Depois da homilia, a celebração prosseguiu com a bênção dos estudantes. “É sempre bom ter a bênção de Deus em todos os momentos. Ela faz imensos milagres, mas atenção, também precisamos de colaborar com o nosso Senhor. Não se encostem à sombra da bênção. Façam também a vossa parte e o Senhor nunca vos faltará”, disse o sacerdote na Missa em que se rezou também pelos estudantes, docentes e funcionários não docentes falecidos.

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No final da celebração foi também realizada a bênção dos docentes e funcionários não docentes presentes e foram divulgadas as atividades da Capelania até ao Natal que irão sendo confirmadas na página da Capelania na rede social Instagram. Assim, no dia 29 de outubro, pelas 21 horas, terá lugar, naquela catedral ou no Seminário de Faro, uma noite de oração, seguida de um momento de convívio. No dia 12 de novembro, pelas 19 horas, será celebrada Eucaristia também naquela catedral com bênção dos estudantes caloiros, seguida de jantar no Seminário de Faro, sujeito a inscrição. No dia 26 de novembro, pelas 21 horas, será realizada uma noite temática para debater um tema e, no dia 10 de dezembro, pelas 19h, Eucaristia, seguida de jantar de Natal. Foi ainda anunciado que em fevereiro será celebrada uma Eucaristia com bênção do traje académico.