Em declarações à agência Lusa, o presidente da autarquia, Rui André, disse que os ventos e a chuva forte, que fustigaram parte do Algarve, a 16 de novembro, provocaram a queda de árvores, inundações e o colapso de várias infraestruturas de saneamento.

"Há danos em pontes, pontões, estradas e infraestruturas de saneamento, cujos prejuízos ascendem a um milhão de euros", estimou o autarca.

Para poder reparar os danos, Rui André quer que o Governo "estenda a Monchique", os apoios anunciados para os concelhos de Silves e de Lagoa, onde o temporal provocou prejuízos de cerca de 5 milhões de euros.

O Governo aprovou, em Conselho de Ministros, uma resolução que permite aos municípios de Silves e Lagoa aceder ao Fundo de Emergência Municipal, podendo aumentar o seu endividamento em 2013.

"Queremos um tratamento igual, porque não temos fundos disponiveis nem acesso a linhas de crédito que nos permitam fazer as adjudicações para a reparação dos estragos", lamentou o autarca, apontando a Lei dos Compromissos como "o fator de maior impedimento legal".

Segundo Rui André, a freguesia de Alferce foi a mais atingida pela intempérie, com chuva "diluviana ao longo de cerca de três horas, que provocou o colapso de estradas e de parte do saneamento básico".

"Há zonas mais afetadas do que outras, mas os danos estendem-se por todo o concelho, obrigando ao encerramento de muitas estradas rurais", asseverou.

O autarca disse ainda que os serviços municipais "estão a elaborar um relatório pormenorizado dos danos, que será, posteriormente, enviado ao Governo, com o pedido de abrangência da norma dos apoios" aprovada para os concelhos de Silves e de Lagoa.

Lusa