© Filipe Farinha/Lusa
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O presidente do Moto Clube de Faro (MCF), José Amaro, disse hoje esperar que haja uma menor pressão por parte das autoridades sobre os participantes da 34.ª concentração, a decorrer entre quinta-feira e domingo.

No ano passado, o MCF enviou uma carta de protesto ao Ministério da Administração Interna contra “um determinado tipo de controlo repressivo em redor do evento e da cidade de Faro, pecando por exageros, excesso de zelo, atitudes persecutórias e obsessivas sobre os motociclistas, traduzidas em operações STOP sucessivas”.

“Vamos a ver, com todas as conversas que houve, se a concentração de facto corre bem. Se não existe a pressão sobre os motociclistas que tem havido nos últimos anos”, disse à agência Lusa José Amaro, acrescentando que a expectativa para esta edição é a de que haja 15 mil participantes.

O presidente do MCF sublinhou que “cada vez tem de haver mais esforço para se fazer a concentração, porque cada vez as exigências são maiores e as normas sobre a organização são cada vez mais”.

O dirigente do clube lamentou, a propósito, que “qualquer dia, por este andar, o voluntariado esteja condenado”, uma vez que são exigidas mais habilitações aos próprios voluntários, como encaminhar o trânsito.

José Amaro disse que a concentração deste ano está a ser preparada sem qualquer ajuda institucional, aguardando ainda um apoio por parte da Câmara Municipal de Faro.

O presidente do MCF deixou ainda o apelo: “Aos motociclistas, que tenham o máximo de cuidado na estrada, que venham até cá, desfrutem do que a gente organizou, do bom ambiente da concentração e que regressem a suas casas sem acidentes. Isso é a parte principal: vir e ir sem acidentes é uma grande vitória. Em relação às pessoas da cidade de Faro, o que esperamos é que acolham os motociclistas da mesma maneira que têm acolhido até agora, sempre simpática e calorosa”.

A 34.ª Concentração de Motos de Faro volta esta semana ao Vale das Almas, em Faro, e tem como cabeças de cartaz musicais os britânicos The Stranglers e os portugueses Blind Zero, custando os bilhetes 45 euros para todos os dias.