“É com revolta que se constata que o engenheiro Macário Correia admite aceitar as portagens depois da requalificação da EN-125. Lamentamos essa posição pois representa um mau serviço ao Algarve”, lê-se num comunicado de imprensa enviado hoje à comunicação social pelo grupo de cidadãos eleitores “Com Faro no Coração” (CFC).
O grupo CFC, liderado pelo ex-autarca José Vitorino, critica a posição do presidente da Câmara de Faro e da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), Macário Correia, por admitir “portagens após a requalificação da EN-125” e condena o “silêncio do PS”.
“Todos diziam ser contra as portagens, mas verifica-se agora que por trás de habilidosos jogos de palavras de alguns, há dois grupos. O grupo dos que se mantêm coerentes e não aceitam portagens em nenhuma circunstância (…) e o grupo dos que aceitam as portagens depois da requalificação da 125 ou mesmo antes disso”, acrescenta a nota de imprensa.
O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve disse hoje que a região vai ter que esperar “anos” até que haja uma alternativa “adequada” à Via Infante, autoestrada onde começarão a ser cobradas portagens até 15 de abril.
O grupo de cidadãos CFC, que se mantém “firme contra as portagens na Via Infante mesmo depois da requalificação da Estrada Nacional 125”, congratula-se, no entanto, com a posição do PSD/Algarve e a principal associação hoteleira do Algarve, a AHETA, entidades que estão claramente contra a introdução e portagens.
O líder do PSD/Algarve, Mendes Bota, admitiu uma "manifestação de revolta" caso se concretize a introdução de portagens na Via Infante.
O presidente AHETA, Elidérico Viegas, considera uma “irresponsabilidade” a decisão do Governo de introduzir portagens na Via Infante (A22).
Lusa