
No Dia da Igreja Diocesana do Algarve que se celebrou no passado domingo, D. Manuel Quintas pediu aos cristãos algarvios que seja o “testemunho do amor” o seu “grande distintivo”.
O bispo do Algarve explicou na homilia da missa da solenidade litúrgica de Pentecostes, a que presidiu ao final da tarde na Sé de Faro, que “é essa a linguagem do Espírito” e que o amor deve ser “traduzido em gestos e atitudes em todas as situações e circunstâncias”. “Que da nossa vida possa difundir em toda a parte a pessoa de Cristo, os mesmos gestos de perdão, de reconciliação, de ir ao encontro dos outros, dos mais necessitados. É assim que somos Igreja e verdadeiros discípulos de Cristo”, complementou, dirigindo-se particularmente aos 88 jovens e adultos que crismou naquela eucaristia.
O prelado começou por lembrar o significado daquele dia. “Foi a partir do Dia de Pentecostes que nasceu a Igreja, esta família que constituímos e da qual estamos hoje a celebrar o nosso dia. É o dia mais indicado. Sem o Espírito o que é que nós somos? Não passamos de um grupo, mesmo de amigos, não passamos de uma associação, mesmo com um fim muito louvável. É o Espírito que faz de nós, mesmo diferentes, uma só família, um só povo e uma só Igreja. É o espírito que, não só nos reúne, mas nos une a todos e faz de nós membros deste corpo que tem como cabeça a pessoa de Cristo, corpo que precisa de cada um dos membros, sem excepção, para poder exercer plenamente a missão que Cristo lhe confiou”, afirmou.
D. Manuel Quintas deixou ainda outro pedido a cada um dos membros daquela “expressão” da Igreja diocesana algarvia. “Que cada um de nós se torne «pedra viva» deste templo que todos constituímos e, sobretudo, «pedras vivas» que vivem de maneira consciente a sua fé e a celebram e testemunham a partir das próprias comunidades paroquiais”, apelou.
Aos crismados, o bispo diocesano disse-lhes serem “importantes e necessários” nas suas paróquias. “A vitalidade das vossas paróquias depende também de vós, da vossa disposição e disponibilidade em pordes ao serviço das vossas comunidades os dons que o Senhor vos concedeu porque é com o contributo de todos que cada comunidade e a nossa Igreja diocesana se torna mais fiel à missão que Cristo lhe confiou, se torna mais viva, fraterna e missionária”, destacou, acrescentando: “não abafeis os dons do Espírito que hoje recebestes. Deixai que Espírito faça em vós o mesmo que fez nos apóstolos na manhã de Pentecostes. Senti-vos enviados a anunciar o evangelho da alegria, da esperança e a pessoa de Jesus nos vossos ambientes”.
Os crismados pelo bispo do Algarve eram oriundos das paróquias de Albufeira (13), Loulé (1), Santa Bárbara e Estoi (12), São Luís de Faro (14), São Pedro de Faro (1) e Sé de Faro (47), alguns dos quais realizaram também a primeira comunhão, completaram assim (juntamente com o batismo já recebido) a iniciação cristã.