O novo centro equestre e de lazer de Faro, fica localizado à entrada da cidade, no extremo norte do Parque Natural da Ria Formosa, com acesso ao Ludo e ao Pontal, e de acordo com os seus proprietários é o único no Algarve que já se encontra aprovado para a prática de hipismo pelo Instituto dos Desportos de Portugal.

O projeto aproveitou uma ruína com estrutura circular, há muito abandonada junto à linha-férrea, no espaço do futuro Parque Ribeirinho da capital algarvia.

“Soubemos que no projeto original do Parque Ribeirinho já havia um centro hípico aprovado, então, contactámos os proprietários e chegámos a um acordo”, contou à Lusa, Júlio Coutinho, um dos proprietários e diretor do espaço.

Além de oferecer as condições para a prática do hipismo, com escola de equitação e uma cavalariça com 32 lugares, dentro do Clube, com acessibilidades e equipamentos para pessoas com mobilidade condicionada, vai ainda ser implantado um serviço de equitação terapêutica para pessoas portadoras de deficiências físicas ou mentais.

O local dispõe ainda de espaços para outras atividades desde tiro ao arco, zona de bar com esplanadas, salas e espaços para sessões de ioga ou massagens.

“O Equinostrum foi pensado e realizado como clube hípico, mas não se limita às atividades equestres, temos espaço e condições para albergar outras atividades lúdicas e culturais”, explicou o diretor do centro.

A possibilidade de ser feita a travessia da serra algarvia com o transporte de cavalos do clube, também se encontra na agenda das próximas realizações do Equinostrum.

Neste campo, a empresa associou-se ao projeto da Via Algarviana, onde promoverá passeios e excursões “de um ou mais dias”, para que os cavaleiros possam descobrir os “encantos naturais do Algarve”, disse Júlio Coutinho.

O projeto, cujo investimento global supera o milhão de euros, foi possível devido aos cerca de 700 mil euros que recebeu de fundos comunitários, adiantou.

Ainda assim, foram precisos mais de dez anos para que o “sonho de uma vida” ganhasse forma.

Durante estes anos, muitas coisas aconteceram, lembrou Júlio Coutinho que, entre “pareceres, no mínimo risíveis, delongas e falta de comunicação entre as várias entidades envolvidas”, nunca desistiu do projeto.

Lusa