Os novos corpos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Portimão para o quadriénio de 2021/2024 tomaram posse no domingo, na eucaristia presidida pelo padre Mário de Sousa, presidente da Mesa da Assembleia Geral e pároco da paróquia da matriz da cidade.

O ato eleitoral resultou na eleição para a Mesa Administrativa do provedor João Pedro Correia, que substituiu João Amado há 9 anos no cargo, de Luís Miguel Sequeira como vice-provedor, de David Luís Franco como secretário, de Rui Patrício Andrez como tesoureiro, de Filipe Silva como vogal efetivo, de Luís Miguel Sarraguça e de Nuno Miguel dos Santos como suplentes.

Para a Mesa da Assembleia Geral, para além do padre Mário de Sousa, foram ainda eleitos Amadeu Cavaco Carrilho como vice-presidente e João Miguel Silva como secretário. Para o Conselho Fiscal foram eleitos Álvaro Bila como presidente, Luís Filipe Guerreiro como vice-presidente, João Miguel Marcial como secretário e Antonieta Guerreiro, José Caetano Poucochinho e Mariana Rosa Martins como suplentes.

Após a eleição, seguiu-se a homologação dos corpos gerentes pelo bispo do Algarve.

Na ocasião da tomada de posse, o novo provedor considerou que a longevidade da instituição se deve a “uma continua evolução e adaptação às novas realidades políticas, sociais e económicas” e “às novas exigências e expetativas”. João Pedro Correia acrescentou que, não obstante esse esforço, “a missão da Irmandade mantém-se imaculada: a prática das catorze obras de misericórdia, visando o serviço e apoio com solidariedade a todos os que precisam, bem como a realização de atos de culto católico”.

“Cuidar e servir, com um coração misericordioso e atento à dignidade de cada pessoa humana, deve estar no centro da nossa intervenção, da nossa maneira de estar e de ser”, prosseguiu, apontando “à consolidação, saudável e sustentável, da prestação de cuidados com meios adequados e em instalações dignas, seguras e confortáveis, com pessoal e procedimentos tecnicamente qualificados, e um especial enfâse na humanização dos cuidados, na relação e no trato condigno, de todos e entre todos, utentes e colaboradores”.

A “sustentabilidade” foi outro objetivo apontado. “Espera-nos o desafio de conciliar a visão a curto prazo, de suprir as necessidades e exigências atuais, com a visão a médio/longo prazo, que nos dê a segurança e a estabilidade necessárias para continuar a criar mais valor social no futuro, numa visão integral de sustentabilidade, que incorpora e pretende balancear a dimensão social, a dimensão económica e a dimensão ambiental, todas orientadas para as pessoas e o bem comum”, afirmou.

“O espírito da Irmandade e a prática do culto católico, presente desde a génese, é fundamental para dar um verdadeiro sentido a tudo já referido. O serviço à comunidade e cuidar o próximo, com amor e dignidade, são aspetos que devem estar presentes na vida de qualquer cristão e de qualquer irmão”, concluiu.

No final da eucaristia teve lugar a cerimónia de realização do compromisso e assinatura do auto de posse.

A Misericórdia de Portimão tem cerca de 400 utentes, 200 funcionários e um número flutuante de prestadores de serviços. Com um orçamento anual de cerca de 4 milhões de euros, integra as valências apoio domiciliário, centro de dia (convertido neste momento como apoio domiciliário), duas ERPI – Estruturas Residenciais para Idosos (lares), creche e pré-escolar, sala de estudo, cantina social, duas UCCI (uma de convalescença e outra de média duração) e é detentora maioritária do Hospital de São Camilo.