Os padres Agostinho Pinto, Adelino Ferreira e Nuno da Rocha, nomeados párocos das paróquias de Altura, Azinhal, Cacela, Castro Marim, Monte Gordo, Odeleite e Vila Real de Santo António pelo bispo do Algarve no passado dia 19 de julho, assumiram no último fim de semana o serviço pastoral naquelas comunidades em missas presididas por D. Manuel Quintas e pelo vigário-geral da diocese algarvia, o cónego Firmino Ferro.

No sábado ao final da tarde, o prelado explicou na eucaristia na igreja de Monte Gordo que os presbíteros, membros da congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus (dehonianos), vão ficar “corresponsáveis” por aquelas paróquias. “Pensamos que é mais enriquecedor para as próprias comunidades haver uma corresponsabilização dos párocos entre si, ajudando-se mutuamente, partilhando um programa conjunto para as paróquias todas. Facilita muito mais o ministério pastoral, embora nem sempre as paróquias estejam sintonizadas com esta maneira de trabalhar. Mas aqui não será difícil por aquilo que eu conheço destas paróquias”, afirmou D. Manuel Quintas

O bispo do Algarve explicou ainda que o padre Agostinho Pinto ficará como “pároco moderador desta equipa, que é aquele que marca o ritmo e que orienta” e garantiu a sua cooperação. “Comprometemo-nos a apoiá-los naquilo que for preciso para que possam desenvolver este serviço: ser presença de Deus no meio do povo. é essa a nossa primeira missão como padres, estar com as pessoas”, destacou.

Neste sentido, D. Manuel Quintas lembrou que os párocos “vêm como alguém que serve, que precisa de ajuda e quer dar o melhor de si mesmo para que o Evangelho seja uma alegre notícia para todos e para que os sacramentos sejam instrumentos pelos quais Deus nos ajuda a crescer como Igreja”

O prelado evidenciou que “o pároco é referência do amor de Deus, da pessoa de Cristo, do perdão e procura incutir a todos a força e o vigor de se sentir amado e perdoado”. “Que bom que seria se vós, como Sacerdotes do Coração de Jesus, fizésseis do anúncio da misericórdia de Deus o lema vosso serviço. Precisamos muito que alguém nos fale da misericórdia de Deus”, pediu.

D. Manuel Quintas agradeceu ainda aos párocos cessantes – padres Feliz Pires e Manuel Chícharo – pelo serviço e dedicação, pedindo aos paroquianos que rezem pelos padres algarvios, “de maneira particular por estes três”.

O padre Agostinho Pinto, em nome dos empossados, frisou que o “desafio” continuará a ser o de “fazer pastoral em conjunto, em equipa”, explicando que, embora seja ele o pároco moderador, para cada paróquia haverá um “sacerdote de referência” e agradeceu ás comunidades pelo acolhimento

O padre Agostinho Pinto, madeirense de 67 anos, chegou ao Algarve em 2010, para assumir a paroquialidade de Cacela, sendo que mais tarde acumulou com a paróquia de Conceição de Tavira e, desde julho passado, com a nova paróquia de Altura

O padre Adelino Ferreira, de 31 anos, natural de Seroa, Paços de Ferreira, e o padre Nuno da Rocha, de 33 anos, natural de Lisboa, chegaram agora ao Algarve vindos, respetivamente, das comunidades dehonianas de Coimbra, sedeada no Instituto Missionário Sagrado Coração, e de Duas Igrejas, na diocese do Porto, sedeada no Centro de Espiritualidade Betânia

No último domingo foi a vez do padre Ricardo Tavares, nomeado o mês passado pelo bispo do Algarve pároco das paróquias de Pechão e Quelfes, assumir o serviço pastoral naquelas comunidades em missas presididas por D. Manuel Quintas e pelo cónego Firmino Ferro

No domingo á tarde, o bispo do Algarve começou por explicar na eucaristia de tomada de posse na igreja Quelfes a vinda do sacerdote açoriano, de 38 anos, para a diocese algarvia. “O senhor bispo dos Açores contactou-me dizendo que tinha dado autorização a um dos seus padres para vir para Faro frequentar a Universidade do Algarve (UAlg) e que se disponibilizava para ajudar a diocese [do Algarve]. é com esse espírito que acolhemos o padre Ricardo, sabendo que o seu curso na Ualg não vai impedir o serviço as estas paróquias”, afirmou o prelado.

D. Manuel Quintas sustentou assim que o padre Ricardo Tavares, doutorado em Sagrada Escritura e agora estudante de Marketing na UAlg, tem complementado estudos “com os quais enriquece o seu ministério pastoral”.

Dirigindo-se ao sacerdote empossado, o bispo do Algarve lembrou que a “primeira missão” daqueles que recebem o “ministério ordenado” é ser sinal do “amor e da misericórdia de Deus no meio do povo”. “O que este povo espera do padre Ricardo é que, em primeiro lugar, seja testemunho e modelo de oração, que contagie e que evangelize através da oração”, frisou D. Manuel Quintas, lembrando que “a oração é seguramente a primeira opção pastoral”. “Sem ela tudo o resto não passa de fogo-de-artifício”, advertiu, referindo-se igualmente á importância da eucaristia. “Sem eucaristia tornamo-nos simples funcionários do sagrado e isso não traz satisfação a ninguém”, alertou.

O bispo do Algarve incentivou ainda os paroquianos a “rezar pelos padres todos os dias”. “Nós precisamos da vossa oração”, acrescentou

D. Manuel Quintas agradeceu ainda aos padres cessantes – padres Manuel Rodrigues, Miguel Neto e Nuno Coelho – pelo serviço e dedicação.

O padre Ricardo congratulou-se com a nova “experiência em terras do Algarve, quentes como a terra de Jesus”, depois das já realizadas nos Açores, no Porto e na Alemanha

O padre Ricardo Tavares era até agora pároco de Ajuda da Bretanha, Remédios e Pilar da Bretanha, pertencentes á ouvidoria (circunscrição eclesiástica da qual fazem parte várias paróquias) de Capelas na Ilha de São Miguel. O sacerdote era ainda diretor diocesano do Serviço de Apoio á Pastoral Universitária e Ecumenismo

Samuel Mendonça