De acordo com Elidérico Viegas, líder da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), a taxa de ocupação hoteleira ronda os 30%, verificando-se “quebras significativas” dos mercados português e espanhol.

“O baixo índice de ocupação é motivado pela crise económica e pelas medidas de austeridade que reinam nestes dois países, os mais importantes mercados para o Algarve nesta altura do ano”, destacou Elidérico Viegas.

A imposição de portagens na Via Infante de Sagres é, segundo o dirigente da AHETA, “um dos fatores negativos que em muito contribui para a quebra significativa da procura do Algarve por parte do mercado espanhol”.

“São políticas desajustadas que estão a afetar a região e a condicionar a atividade turística”, observou Elidérico Viegas.

O dirigente da AHETA considerou que a quebra para o fim de ano “só não é mais acentuada, à custa de promoções e pacotes a preços baixos, e ao número de unidades hoteleiras que estão encerradas”.

“A estimativa de ocupação refere-se apenas às unidades que estão a funcionar, porque existem muitas unidades hoteleiras fechadas nesta altura do ano. Se estivessem todas a funcionar, os números seriam desoladores”, destacou.

“Períodos como a passagem de ano, Carnaval e Páscoa, serviam como balão de oxigénio para o turismo do Algarve, mas tende a esbater-se”, lamentou o dirigente.

De acordo com Elidérico Viegas, “é necessário que o Governo tenha maior sensibilidade e outra política para o turismo, para inverter a descida e manter a competitividade do setor”.

“Há coisas que se mantêm, apenas por teimosia política”, concluiu o dirigente da AHETA.

Lusa