“Acredito que os dois mil postos de trabalho que o Ikea diz que vai criar no Algarve terá um impacto de oito mil desempregados no comércio tradicional da região para além dos 24 mil desempregados que já existem”, disse João Rosado, em entrevista à Lusa.
João Rosado cita um estudo feito pela Universidade Católica, a pedido da Confederação do Comércio Português em 2004, que indica que por cada posto de trabalho criado numa nova grande superfície são extintos quatro no comercio local”.
O presidente da ACRAL refere,por exemplo, que muitas Pequenas e Médias Empresas de Loulé que se dedicam ao sector do móvel, nomeadamente em Almancil e Boliqueime, vão ressentir-se com a nova grande superfície.
Para sustentar a preocupação da ACRAL sobre o nascimento de mais uma nova grande superfície, João Rosado recorda um outro estudo, realizado pela Direcção Regional de Economia do Algarve, a dar conta de “um excesso de grandes superfícies no Algarve” desde 2006/2008.
Em declarações à Lusa, a relações públicas da Ikea, Ana Teresa, explicou que o contrato de cooperação que vai ser assinado quinta-feira em Loulé "serve no fundo para confirmar a intenção da cadeia sueca em realizar o projecto no Algarve até 2015 e que se encontrou o como para avançar com o projecto".
Também em Loulé, mas no eixo Loulé/Quarteira, está equacionado um projecto da Auchan, denominado "Alegro Algarve", representando um investimento de 400 milhões de investimento e quatro mil postos de trabalho directo numa área total de 40 hectares.