O padre Carlos de Aquino realçou na Jornada de Pastoral Litúrgica da Diocese do Algarve, realizada no último sábado, à “relação profunda entre a liturgia e a solidariedade, o amor pelos pobres”, que disse ser particularmente evidente na ligação entre “eucaristia e exigência da justiça social”.
Na reflexão sobre o tema “A Liturgia e o amor pelos pobres” que apresentou na igreja matriz de Pêra, no contexto da celebração mistagógica que encerrou a jornada sobre o tema geral “Liturgia e Missão” com a participação de quase 140 pessoas de todo o Algarve, o sacerdote destacou ter sido o próprio Cristo a pôr em evidência aquela relação. “Jesus une sempre a ação ritual, a liturgia, à solidariedade, à fraternidade e à comunhão”, referiu.

O orador deixou assim claro que “a qualidade fundamental que faz do culto a Deus um culto que agrada é a justiça para com os pobres, os últimos, os excluídos, os oprimidos”. “Este é o culto, em espírito e verdade, que o Pai aceita”, destacou.
“Um culto que humilha o pobre não é culto agradável a Deus. E também humilhamos pela nossa indiferença, não só pelo mal que fazemos pela nossa rejeição”, prosseguiu, apelando à ligação entre a liturgia e a vida. “Não tem sentido separarmos a liturgia da vida, pois a vida cristã é liturgia, incluída na celebração litúrgica da comunidade e dos sacramentos”, concluiu.