
O padre Domingos da Costa, pároco da Mexilhoeira Grande, celebra 60 anos de entrada na Companhia de Jesus no próximo dia 8 deste mês.
O sacerdote jesuíta, que trabalha no Algarve desde 1975, assinalará a efeméride naquele dia com a celebração da eucaristia na capela da aldeia de São José de Alcalar pelas 19h (precedida pela receção às 18h no salão local), seguida de jantar às 20h para convidados no salão do Centro Juvenil.
A celebração estende-se ainda ao dia seguinte, com o aniversariante a presidir pelas 11h à eucaristia dominical na igreja paroquial da Mexilhoeira Grande, seguindo-se o almoço partilhado no salão do lar de idosos.
O padre Domingos da Costa considera que 60 anos de jesuíta “é pouco tempo para quem é velho, mas muito para quem é jovem”. “Para mim foi um tempo maravilhoso, pelo muito bem que pude fazer a muita gente”, acrescenta.
“Não fui eu que escolhi a Companhia de Jesus. Foi o Senhor que me levou a ela, servindo-se de dois rapazes um pouco mais velhos do que eu, um dos quais era meu vizinho, com quem e em cuja casa eu brincava aos domingos de tarde. Andavam os dois na Escola Apostólica dos Jesuítas, em Macieira de Cambra, Vale de Cambra”, explica, lembrando terem sido eles que fizeram o contacto com o padre Abel Guerra, reitor da dita escola.
Natural da aldeia do Rego (Celorico de Basto), onde nasceu a 15 de março de 1940, o padre Domingos de Jesus Monteiro da Costa conheceu a Companhia de Jesus por meio destes dois conterrâneos seus e entrou no noviciado a 8 de setembro de 1958. De 1969 a 1973 estudou na Alemanha (Frankfurt), tendo sido ordenado em 1972 na Covilhã, com 32 anos.
De 1973 a 1975 estudou Ciências Sociais em Paris. Esteve para ser professor de Filosofia na Faculdade de Filosofia de Braga, mas quando soube que a congregação procurava abrir uma comunidade no Algarve, ofereceu-se.
Tendo rumado ao Algarve em 1975 com o falecido padre Arsénio da Silva, antigo pároco de Nossa Senhora do Amparo de Portimão, esteve para ir trabalhar também naquela cidade do barlavento algarvio. No entanto, poucos dias depois de terem chegado ao sul do país, foi-lhes pedido para tomarem conta da paróquia da Mexilhoeira Grande, desafio que somente o padre Domingos da Costa aceitou e que desde o ano 2013 acumula também com Nossa Senhora do Amparo.
O sacerdote, que foi ainda pároco em Odiáxere de 1978 a 1982, realizou os últimos votos na Companhia de Jesus a 19 de maio de 1986.