O padre Jorge Carvalho, de 60 anos, completou na passada quarta-feira 25 de sacerdócio e a efeméride foi assinalada na Eucaristia a que presidiu na igreja matriz de Almancil, paróquia da qual é pároco desde 2012.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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O sacerdote algarvio, mas membro da Diocese de Meaux, foi ordenado em 1997 na catedral daquela diocese francesa. Após cinco anos em França regressou ao Algarve e os últimos 20 foram dedicados às paróquias de Quelfes e Pechão, de 2002 a 2012, e Almancil desde 2012.

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Na Eucaristia de quarta-feira, o sacerdote disse que procurou “fazer o melhor” que Deus lhe pediu. “Dou graças a Deus por todos aqueles que conheci e que fizeram de mim o que sou hoje, porque também é graças à comunidade que o padre se forma”, disse, referindo que “a comunidade é o mais importante”. “Não somos padres sozinhos, não estamos aqui para governar o povo. Estamos aqui para convosco construirmos a Igreja, não só a de pedra mas a Igreja-comunidade porque é essa que é importante. São vocês, que formam esta comunidade, que são importantes. Sem vocês o padre não é nada. Seja eu ou quem vier depois de mim”, declarou.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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O aniversariante agradeceu a Deus por tudo o que lhe tem dado, pelo presbitério da diocese francesa e também pelo da Diocese do Algarve que o acolheu. Lembrando que regressou ao Algarve por causa da sua mãe já falecida, o sacerdote afirmou ter encontrado nas paróquias que serviu “outra família”. “Gostava de vos pedir para continuarmos a rezar uns pelos outros. E rezarmos também pelas vocações porque sem padres a Igreja ficará mais pobre”, complementou na missa concelebrada por muitos sacerdotes da diocese algarvia.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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O padre Jorge Carvalho, que frequentou o Seminário de São José de Faro entre 1972 e 1974, rumou a França naquele ano. “A «chama» que ainda existia do tempo do Seminário de Faro, ficou”, afirmou para explicar que em 1991 resolveu entrar para o Seminário de Saint-Sulpice, em Paris.

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“Deus tem estado sempre presente na minha vida, mesmo se às vezes não consigo ver de início”, concluiu, desejando que ambas as dioceses cresçam “em número e santidade”.

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O bispo do Algarve, que esteve presente no final da celebração, testemunhou “uma grande alegria” por poder unir-se à efeméride. “A minha palavra é de ação de graças a Deus”, afirmou D. Manuel Quintas, sublinhando o “dom de 25 anos”, 20 dos quais ao serviço da igreja algarvia. “Temos um motivo para louvar o Senhor e ao mesmo tempo para manifestar o nosso reconhecimento ao senhor padre Jorge pelo modo como ele exerce este ministério”, disse.

O bispo diocesano agradeceu-lhe ainda o “desafio” que lhe lançou “de construir a comunidade [de Almancil], mas construir a igreja também”. “Felizmente estamos aqui também para louvar o Senhor por essa entrega do padre Jorge à construção deste edifício que era tão necessário”, disse lembrando a construção daquela igreja inaugurada em 2017.

“Que Deus lhe conceda muita saúde para que continue a realizar a sua missão e a anunciar a palavra de Deus, seja aonde for. Pode não ser sempre aqui em Almancil”, desejou, lembrando que um pároco é padre “da igreja toda, da diocese, de onde for preciso”.

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Reconhecendo que “não é fácil hoje ser padre”, disse desejar que estas celebrações constituam “um estímulo ainda maior” para se rezar pelas vocações, começando pela oração pelos próprios párocos.

No final da missa, o aniversariante foi ainda presenteado com uma bênção apostólica concedida pelo Papa, entre outras ofertas.