Após a reunião, na Nunciatura Apostólica, o Vaticano emitiu um comunicado no qual se revela que o Papa exprimiu “vergonha e dor” por causa destes casos.
Tal como acontecera em 2008, nos EUA e na Austrália, este encontro não estava previsto no programa oficial da viagem papal.
O Papa assegurou que a Igreja “está a fazer e continuará a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para investigar alegações, levar à justiça os responsáveis pelos abusos e implementar medidas eficazes para salvaguardar os jovens, no futuro”.
À imagem do que fizera na carta aos católicos da Irlanda, Bento XVI rezou para que “todas as vítimas dos abusos possam experimentar cura e reconciliação, permitindo-lhes seguir em frente para uma esperança renovada”.
A emoção falou mais alto
Bento XVI, pode ler-se, ficou “profundamente comovido pelas histórias” das vítimas e do sofrimento de cada uma delas e suas famílias.
Uma das vítimas de abusos sexuais que se encontrou com o Papa, em Malta, disse à AFP que Bento XVI “chorou connosco”.
“Fiquei impressionado com a humildade do Papa. Ele carregou sobre si próprio o embaraço causado por outros, é muito corajoso”, disse Lawrence Grech.
Após o encontro na Nunciatura Apostólica, Grech acrescentou que Bento XVI rezou e chorou connosco”.
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