“Rezo pelas vitimas e estou espiritualmente próximo das pessoas provadas por uma tão grave calamidade; para elas imploro de Deus alívio no sofrimento e coragem nestas adversidades. Estou certo de que não faltará a solidariedade de tantos, em particular das organizações eclesiais”, disse o Papa, perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, para a recitação do Angelus.

Posteriormente, Bento XI lamentou a situação dos dos cristãos e minorias religiosas no Iraque. “Com profunda tristeza recebi as trágicas noticias das recentes mortes de alguns cristãos na cidade de Mossul e segui com viva preocupação os outros episódios de violência perpetrados na martirizada terra iraquiana contra pessoas indefesas de várias pertenças religiosas”, indicou.

“Nestes dias de intenso recolhimento rezei muitas vezes por todas as vitimas daqueles atentados e hoje desejo unir-me espiritualmente à oração pela paz e pelo restabelecimento da segurança, promovido pelo Conselho dos Bispos de Nínive. Encontro-me afectuosamente próximo das comunidades cristãs do país inteiro. Não vos canseis de ser fermento de bem para a pátria à qual, desde há séculos, pertenceis a título pleno”, acrescentou o Papa.

Falando da “delicada fase política” que o Iraque está a atravessar, Bento XVI apelou às autoridades civis “para que envidem todos os esforços para dar de novo segurança à população e em particular, às minorias religiosas mais vulneráveis”.

“Faço votos de que não se ceda à tentação de fazer prevalecer os interesses momentâneos e de parte sobre a integridade física e sobre os direitos fundamentais de cada cidadão”, prosseguiu.

Depois de ter saudado os iraquianos presentes na Praça de S. Pedro, Bento XVI exortou a comunidade internacional a “dar aos iraquianos um futuro de reconciliação e de justiça, invocando com confiança, de Deus omnipotente, o dom precioso da paz”.

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