A autarquia anunciou na segunda-feira que, “depois de anos de impasse”, o IPTM emitiu parecer favorável ao Projeto de Parcelamento para os terrenos localizados a Poente do porto de Pesca de VRSA, abrindo o caminho para criação da Zona Industrial Norte de Vila Real de Santo António.
“Há mais de um ano que a Câmara tinha feito uma proposta para criação de uma área ligada ao cluster naval, que incluísse estaleiros, a relocalização doas estaleiros que estão na Ponta da Areia, a criação de novas empresas, de atividades ligadas de náutica, da construção e da reparação naval, do fabrico de utensílios e de assessórios para a náutica, assim como espaços para conserveiras e outras indústrias ligadas ao mar”, afirmou Luís Gomes à Lusa.
O autarca considerou que o parecer favorável do IPTM, que falta concretizar com a celebração de um protocolo entre o instituto e a câmara, “é uma boa notícia para o concelho, porque há quase 30 anos que se falava desta ideia e é uma boa notícia sobretudo nesta altura em que é necessário criar postos de trabalho e as entidades públicas estão limitadas para implementar investimento público”.
Luís Gomes frisou que, com a atual conjuntura económica, “é tempo de dar alguns incentivos e implementar uma dinâmica para que a atividade privada possa funcionar, através da criação de investimento, que significa também a criação de postos de trabalho”.
A partir de agora, segundo o autarca, o concelho, que tem longa tradição na área da construção naval e tem uma história ligada à indústria conserveira, “começa a ter capacidade de resposta para as solicitações que houver nesta área”, faltando agora “ir à procura de investimento” e “efetivar esse desígnio”.
Questionado sobre o tempo que poderá demorar até o protocolo ser assinado com o IPTM, Luís Gomes respondeu que o instituto “está em fase de mudança, até de tutela”, e “infelizmente ainda ninguém percebeu como vai ser”, mas frisou que “o Estado não pode é continuar a cercear as oportunidades de investimento” que surgem.
“É por isso que vamos avançar e no dia em que o estado nos apresentar uma proposta refletiremos e decidiremos. Mas até lá não vamos parar, porque não faz sentido que numa altura de crise se espera anos por decisões do estado para resolver os problemas da economia e dos postos de trabalho”, defendeu.
Lusa