A paróquia da Fuseta tem novo pároco desde o passado sábado, 28 de setembro.



O padre Rafael Ferreira, de 35 anos, nomeado em julho passado pelo bispo do Algarve, passou a acumular aquela paróquia com as da Luz de Tavira e Santo Estêvão, das quais é responsável desde 2022, primeiro como administrador e desde 2023 como pároco.



Na Eucaristia de início daquele serviço, que teve lugar na igreja matriz da Fuseta, o bispo do Algarve, que presidiu à celebração, agradeceu ao padre António da Rocha, a quem o padre Rafael Ferreira foi substituir. “Estamos agradecidos ao senhor padre Rocha, não só pelo tempo que esteve aqui na Fuseta, mas também na nossa diocese. Sabemos como não foi fácil continuar a ser pároco durante estes últimos anos. Reconhecíamos o seu esforço e ao mesmo tempo a sua dedicação, a sua generosidade, o modo como serviu esta nossa paróquia, juntamente com a de Moncarapacho, numa altura em que todos já reconhecíamos que necessitava de tempo sem estes encargos. Agradecemos o seu exemplo e o seu testemunho”, afirmou D. Manuel Quintas.


O bispo diocesano apresentou depois o padre Rafael Ferreira, lembrando que o sacerdote fez uma experiência missionária em São Tomé e Príncipe, antes de rumar ao Algarve em 2022. “Podeis estar certos e seguros de que ele procurará apontar para o céu porque é sempre essa a nossa missão como padres ou bispos, apontar o caminho que nos leva a Deus”, disse.



D. Manuel Quintas exortou à “compreensão, ajuda e apoio” dos paroquianos, lembrando que os sacerdotes são “cada vez menos” e, ao mesmo tempo, aludindo ao “estímulo e consciencialização” de que os leigos devem sentir-se corresponsáveis pelas comunidades. “Na Igreja somos todos necessários e devemos sentir-nos todos corresponsáveis por esta família que constituímos, cada qual assumindo a sua missão, serviço e função”, sustentou.



O rito de entrada do novo pároco incluiu a leitura da provisão de nomeação, o seu juramento de fidelidade ao colégio presbiteral, ao bispo, ao Papa e a toda a Igreja, e a entrega simbólica da chave da igreja. Após aquele momento, teve lugar um momento de cumprimentos de alguns membros do Conselho Pastoral paroquial ao novo pároco.


O bispo do Algarve convidou depois o novo pároco a aspergir a assembleia e, após esse gesto, um dos membros do Conselho Pastoral paroquial agradeceu ao bispo diocesano e dirigiu-se ao novo pároco.




Depois da homilia, a Eucaristia prosseguiu com a renovação das promessas da ordenação sacerdotal e a profissão de fé do novo pároco e a ata de posse foi assinada após a celebração.



No final houve ainda um gesto simbólico. D. Manuel Quintas convidou o novo pároco a sentar-se na cadeira presidencial, aproveitando para explicar que presidir significa “orientar, apontar o caminho, mas ao mesmo tempo caminhar, servindo”.




No início da Eucaristia, o pároco cessante lembrou que esteve sete anos nas paróquias de Moncarapacho e Fuseta, dos 58 que já leva de ministério sacerdotal. O padre António da Rocha começou a servir a Igreja em 1966, ainda em Braga, tendo vindo um ano depois para o Algarve, onde serviu durante dois anos a paróquia de São Brás de Alportel como coadjutor do pároco. Transitou depois para a comunidade de São Luís que veio a erigir como terceira paróquia da cidade de Faro, onde esteve 48 anos, acumulando durante sete anos com a paróquia de Pechão e durante 16 anos com a paróquia do Montenegro.


“Procurámos servir a Igreja o melhor possível dentro daquilo que estava ao nosso alcance” afirmou, acrescentando ter procurado implementar nas paróquias por onde passou as propostas emanadas do Concílio Vaticano II e desejando ao seu sucessor “o maior sucesso” do trabalho realizado.



No final da Eucaristia, que contou com a participação do vereador da Câmara de Olhão, Ricardo Calé e do presidente da Junta de Freguesia, Manuel Carlos, o novo pároco disse que não veio para “ser intruso”, mas “para ser irmão” e realçou querer contar com a ajuda de todos no caminho. “Sozinho não sou capaz de nada. Quero contar também com a ajuda daqueles que se ausentaram das nossas cerimónias e que, alguma maneira e por alguma razão, precisam ser acolhidos por nós e podem ajudar-nos ainda mais nesta caminhada porque também receberam o Espírito Santo e a graça do Batismo”, afirmou.



O padre Rafael Ferreira apelou à comunhão entre todos os seus paroquianos. “Não há o grupo da Fuseta e outro da Luz de Tavira e outro de Santo Estêvão. Para nós, cristãos, não há isso. Somos uma mesma família, inclusive temos uma mesma mãe no céu”, declarou, agradecendo ao bispo diocesano por lhe ter confiado aquela missão.


