A paróquia de Giões conta com um salão paroquial que foi benzido e inaugurado no primeiro dia deste mês, após trabalhos de recuperação.
Trata-se de uma dependência da igreja paroquial que já existia, mas que estava a servir de arrecadação e que agora será usada para a catequese, para encontros de oração, formação, trabalhos bíblicos e para outras iniciativas que a comunidade local necessite.
Para além da limpeza, os trabalhos de recuperação incluíram a criação de uma divisão para arrumos, o reboco das paredes, pintura, eletrificação e decoração do espaço.
No dia da inauguração, o diácono Albino Martins agradeceu a quantos tornaram possível a concretização daquele projeto, nomeadamente à Câmara de Alcoutim pela oferta de “alguns materiais” e pela disponibilização dos eletricistas e à Junta de Freguesia pelo trabalho de construção civil de três operários e pelo subsídio para aquisição de “algumas cadeiras”.
Aquele responsável da paróquia Giões agradeceu igualmente os donativos para aquisição de cadeiras recebidos de particulares, alguns até “de fora do concelho”.
O diácono Albino Martins explicou também a motivação que levou a nomear aquele renovado espaço como Salão Paroquial “Fraternidade da Mãe de Deus” (FMD), associação privada de fiéis que trabalhou naquela paróquia (e nas de Alcoutim e Pereiro) durante 24 anos e que foi convidada para a inauguração. “Atribuímos o nome deste salão à Fraternidade da Mãe de Deus porque queremos guardar e fazer memória da vossa presença durante quase um quarto de século nestas terras de missão. Jamais esqueceremos o bem e o serviço que prestaram a estas comunidades. Quem aqui vive, trabalha e ainda sonha ficou eternamente agradecido a vós”, disse o diácono à representação da FMD, constituída pelo padre Atalívio Rito, anterior pároco daquela paróquia, e por duas religiosas.
O diácono Albino Martins aludiu ainda à “grande responsabilidade” de dar agora àquele espaço a “devida utilidade”. “Espero ver frutos desta construção. Agora não pode haver paragens. O próximo passo, e sem o qual este fica incompleto, é a empreitada de reparação e beneficiação da nossa igreja paroquial“, acrescentou.
O bispo do Algarve, que presidiu à bênção e inauguração (assim como à eucaristia que a precedeu), considerou-se também beneficiário da obra de renovação. “Ao verificar estes melhoramentos e a recuperação tão oportuna deste espaço sinto-me também estimulado na minha missão e vejo que, por detrás de cada um de vós, há interesse e desejo de preservar os espaços e de os utilizar”, afirmou, D. Manuel Quintas.
“Compete-nos, não apenas usufruir deste como um espaço de encontro, de oração, de saborear a presença de Deus e de encontrar a força para a nossa vida, mas queremos também ser responsáveis pela preservação daquilo que é de todos”, prosseguiu.
O presidente da Câmara de Alcoutim manifestou o seu reconhecimento pelo “empenho, trabalho e envolvimento” na obra, considerando que a autarquia teve apenas nela uma “modesta comparticipação”. “No entanto, não obsta que essas contribuições não possam vir a ser mais generosas no futuro, relativamente a outras intervenções que seja necessário fazer”, acrescentou, referindo-se à necessária recuperação dos restantes espaços da igreja de Giões.
A sessão da inauguração, que contou também com a presença do pároco de Giões, o padre Alberto Teixeira, ficaria ainda marcada pela apresentação do estudo prévio do arquiteto Victor de Brito para a obra da igreja paroquial e pela atuação do grupo “Vox Cordis” (em português “Voz do Coração”), um quinteto recém-constituído na Diocese do Algarve, e que, conforme explicou Ligia Pereira, tem como “missão” “evangelizar através da música”.
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