A paróquia de Moncarapacho tem novo pároco desde o passado domingo com um diácono associado.



O padre Armando Amâncio, de 52 anos, nomeado em julho passado pelo bispo do Algarve, passou a acumular aquela paróquia com a de Olhão, da qual é pároco desde 2015, e com o vicariato do Siroco, na mesma cidade, e com a de Quelfes, também no concelho de Olhão, das quais é pároco desde 2017. Em Moncarapacho, tal como acontece nas outras comunidades que lhe estão confiadas, terá associado a si o diácono João Chaves, de 63 anos.


Na Eucaristia de início daquele serviço, que teve lugar na igreja matriz da Moncarapacho, o bispo do Algarve, que presidiu à celebração, quis “agradecer muito” ao padre António da Rocha, a quem o padre Armando Amâncio foi substituir, pelo seu serviço à Igreja algarvia, não apenas nos últimos anos naquela paróquia, mas também nas de São Luís, em Faro, e do Montenegro.



D. Manuel Quintas referiu concretamente a “generosidade, espírito de serviço e dedicação” do padre António da Rocha, “mais evidentes agora nestes últimos anos em que ficou mais frágil na sua saúde”.



O bispo diocesano apresentou depois o padre Armando Amâncio. “Atendendo às vossas necessidades pastorais, e diante da impossibilidade de o senhor padre Rocha poder continuar ao serviço desta paróquia, apresento-o, confiando nas suas qualidades e recomendando-o à vossa oração e colaboração”, afirmou.



D. Manuel Quintas realçou que a “missão” de um pároco e de um padre numa paróquia é indicar o caminho para o céu e agradeceu ao novo pároco por se ter disponibilizado para assumir mais aquela paróquia. “Ele adiantou-se até, quando soube que o senhor padre Rocha já não sentia forças para continuar”, explicou.



Evidenciando que, sendo menos, os sacerdotes não podem continuar a prestar o mesmo serviço e no mesmo horário, o bispo do Algarve exortou à “participação e a colaboração de todos”, referindo-se ao sentido da “sinodalidade e corresponsabilidade”. “É muito importante a comunhão e a participação na missão”, afirmou, pedindo: “vamos lá arregaçar as mangas e continuar a apoiar o padre Armando”.



O rito de entrada do novo pároco incluiu a leitura da provisão de nomeação, o seu juramento de fidelidade ao colégio presbiteral, ao bispo, ao Papa e a toda a Igreja, e a entrega simbólica da chave da igreja. Após aquele momento, teve lugar um momento de cumprimentos de alguns membros do Conselho Pastoral paroquial ao novo pároco.



O bispo do Algarve convidou depois o novo pároco a aspergir a assembleia e, após esse gesto, um dos membros do Conselho Pastoral paroquial agradeceu ao bispo diocesano e dirigiu-se ao novo pároco.



Depois da homilia, a Eucaristia prosseguiu com a renovação das promessas da ordenação sacerdotal e a profissão de fé do novo pároco e a ata de posse foi assinada após a celebração.


No final houve ainda um gesto simbólico. D. Manuel Quintas convidou o novo pároco a sentar-se na cadeira presidencial para “salientar e destacar o sentido do serviço”.

No início da Eucaristia o pároco cessante lembrou que esteve sete anos nas paróquias de Moncarapacho e Fuseta, dos 58 que já leva de ministério sacerdotal. O padre António da Rocha começou a servir a Igreja em 1966, ainda em Braga, tendo vindo um ano depois para o Algarve, onde serviu durante dois anos a paróquia de São Brás de Alportel como coadjutor do pároco. Transitou depois para a comunidade de São Luís que veio a erigir como terceira paróquia da cidade de Faro, onde esteve 48 anos, acumulando durante sete anos com a paróquia de Pechão e durante 16 anos com a paróquia do Montenegro.

“Procurei pautar a minha ação por aquilo que era a proposta da Igreja, nomeadamente a partir do Concílio Vaticano II. Quero dar graças a Deus por aquilo que de bom se pôde realizar e pedir perdão pelas minhas fragilidades e insuficiências; pedir desculpa às comunidades que servi se não correspondi em tudo àquilo que era o desígnio de Deus e as suas necessidades. Procurei servir e nunca me servi da Igreja para coisa alguma. Mesmo economicamente subsisti sempre do meu trabalho feito noutros serviços, nomeadamente na lecionação”, afirmou, desejando ao seu sucessor “os maiores frutos do trabalho que possa ter realizado”.

No final da Eucaristia, que contou com a participação do presidente da Câmara de Olhão, António Miguel Pina, da vereadora Elsa Parreira e do presidente da Junta de Freguesia, Manuel Carlos, o novo pároco pediu a cada paroquiano que “morra para os seus egoísmos”.