As paróquias de Tavira constituíram no último mês uma empresa, a Artgilão – Atividades Religiosas e Turísticas, Lda., cujo objetivo é a exploração financeira naquelas áreas para aplicação das receitas na recuperação do património religioso da cidade.

A informação foi avançada pelo pároco local, o padre Miguel Neto, na inauguração da exposição mariana que a Santa Casa da Misericórdia promoveu em parceria com as paróquias.

O sacerdote disse que a rentabilização do património de Tavira é uma “preocupação central” da equipa sacerdotal, que inclui também o padre Rafael Rocha, que tem a cargo as paróquias da cidade. “As múltiplas igrejas que a paróquia tem não podem ser vistas só como fonte de problemas”, considerou, lembrando a “degradação do património”.

O pároco explicou que a nova empresa resultou de um pedido que fez em setembro do ano passado aos colaboradores das paróquias quando passou a estar ao serviço das mesmas. “Pedi-lhes para pensarmos formas de rentabilizar economicamente o património”, recordou, acrescentando que neste momento, essa rentabilização passa, por exemplo, pelo merchandising e pelas visitas turísticas. “É importante rentabilizarmos para mantermos este património”, reforçou.

O sacerdote adiantou ainda o “sonho” de “criar uma oficina de restauro para o património” em Tavira. “Penso que temos tamanho para isso. Se temos capacidade financeira? Neste momento, não”, acrescentou.