O sacerdote explicou que São Bernardino de Sena e Santa Brígida são também nomes importantes no que respeita à divulgação da devoção ao Menino Jesus.
Apontando a origem da influência sobre o presépio tradicional algarvio, o padre Cunha Duarte justificou que “no século XVI, o cardeal Bérulle introduz, em Avignon (França), a tradição das searinhas e das laranjas ao lado do Menino Jesus, para Ele abençoar as sementeiras e as árvores de fruto” e “no século XVII, os conventos armam o presépio colocando a imagem do Menino Jesus em cima do altar”.
“A região da Provença (sul de França) foi o grande centro de irradiação do presépio com raízes medievais”, afirmou, referindo que a tradição dos presépios com frutos “foi levado pelos portugueses para a Ilha da Madeira, para os Açores e para o Brasil”. “Os missionários espanhóis divulgam-no na América do Sul. Em Portugal, ainda podemos ver este presépio no Baixo Alentejo e no Algarve”, disse, lembrando que “o presépio tradicional algarvio conserva as raízes medievais”. “É um trono ou altar armado em escadaria .O Menino Jesus está de pé, no cimo do trono. À volta coloca-se verdura e ramos de laranjeira. Na escadaria colocam-se laranjas e searinhas germinadas. Uma lamparina acesa está sempre presente”, enumerou.
A exposição de fotografia inaugurada naquele dia ficará patente até 6 de Janeiro na CCDR e tem entrada livre.