Após a leitura da provisão da nomeação do novo pároco, da sua profissão de fé e juramento de fidelidade a Cristo e à Igreja e das assinaturas do auto da tomada de posse, D. Manuel Quintas começou por destacar a precocidade da morte do anterior pároco. “Todos gostaríamos que o senhor padre Júlio continuasse ainda entre nós. Ele que deu tanto a esta paróquia, durante quatro décadas, tinha ainda muito para dar e nós muito a esperar dele”, afirmou o prelado. “São os desígnios de Deus, contra os quais nada podemos e isto só é compreensível à luz da fé”, complementou.
O bispo do Algarve lembrou, contudo, que o novo prior não é um desconhecido dos paroquianos. “Já conhece a paróquia e vós já o conheceis. Já foi acertando o vosso passo com o dele e o dele com o vosso. Por isso, esta passagem de testemunho acaba por ser natural”, sublinhou D. Manuel Quintas, referindo-se ao período em que o padre Firmino Ferro substituiu o padre Júlio Tropa Mendes por ocasião da sua doença.
O prelado lembrou ainda que “o pároco atua e age em nome do bispo”, sendo deste um “especial colaborador”, e advertiu os paroquianos para não estranharem uma “maneira diferente de agir e atuar” porque muitas dessas determinações “é o bispo que lhe pede e a própria diocese que determina”. “Não vos admireis se o novo pároco apresentar exigências pois é orientação do bispo, da diocese e comunhão com os outros párocos”, avisou, lembrando que, “quando falava com o padre Júlio dizia-lhe algumas vezes que havia muita gente que abusava da bondade dele”.
D. Manuel Quintas, que prosseguiu a sua homilia com criticas aos “facilitismo” e forte apelo à “exigência”, exortou à colaboração com a nova equipa paroquial. “Dentro desta comunhão com o bispo, com os outros padres da diocese, com as regulamentações da diocese e convosco, vamos caminhar unidos com exigência”, pediu.
O bispo do Algarve, que se mostrou totalmente confiante quanto ao apoio por parte dos paroquianos aos novos responsáveis da paróquia, confiou também que estes saberão “ser sinal da presença do amor de Deus”. “Estamos uns com os outros e esta é uma maneira de honrar o serviço, dedicado e generoso, de mais de quatro décadas em que o padre Júlio esteve à frente da vossa paróquia”, concluiu.
No final da celebração, uma catequista exprimiu, em nome dos paroquianos, acolhimento, adesão, apoio e colaboração à nova equipa paroquial e o novo prior lembrou manifestou estar “disponível e atento para servir com muito amor”. “É com muita responsabilidade e comunhão que aqui me encontro para servir esta parcela da diocese”, afirmou o padre Firmino Ferro.
O sacerdote, de 68 anos, ordenado há 42, antes de ter sido nomeado para Estoi e agora para Santa Bárbara, já tinha sido pároco durante 34 anos de três paróquias.