O pároco da matriz de Portimão, que se referiu ao tema “A Igreja Matriz de Portimão: casa da fé, espelho da cultura e memória de um povo” evidenciou que o principal monumento da cidade voltou a abrir portas para aquelas três dimensões.

O sacerdote, por isso, que a igreja matriz está “impregnada dos valores cristãos que nos forjaram como povo e como pessoas” e aludiu ao seu percurso histórico que permitiu que o edifício se tornasse um “compêndio da arte e dos estilos” que atravessam um período de 400 anos. “Não há outro edifício em Portimão que espelhe de forma tão concisa e completa a história da cidade e do seu peregrinar pelo tempo”, considerou.

“Construída no lugar mais alto da vila que então surgia, a igreja matriz tornou-se num farol de nova povoação. Como ninguém, testemunhou séculos de lágrimas e alegrias, de desesperos e esperanças, de vidas tecidas e vidas desfeitas. Nela receberam o nome milhares e milhares de portimonenses, dos mais ilustres (como Manuel Teixeira Gomes ali batizado) ao mais humilde, mas todos revestidos da mesma dignidade de filhos de Deus. Nela se consagrou o amor de gerações de filhos de Portimão. Nela se cantaram as alegrias e se choraram os que o mar levou e que as contingências da vida fizeram desaparecer”, afirmou o padre Mário de Sousa, evidenciando que “a história da igreja matriz é a história da cidade”.

O pároco, que considerou que os seus paroquianos “são de uma generosidade extraordinária”, congratulou-se com o “regresso a casa”, lembrando que “a comunidade tem crescido muito” e, por isso, “a igreja do Colégio torna-se pequena”. “Com 750 crianças na catequese, 150 escuteiros e tantos outros grupos, a paróquia é uma grande família que hoje tem a alegria de reabrir as portas da sua casa”, disse, desejando que a renovação do edifício seja um “convite à renovação da verdadeira Igreja, a das pedras vivas dos batizados, lugar, esse sim, onde Deus quer verdadeiramente encontrar morada”.

A terminar, anunciou um subsídio do Estado para as obras no valor de 45 mil euros.

Maria Barroso, a quem o padre Mário de Sousa agradeceu o interesse “desde a primeira hora” e a procura de eventuais mecenas para a obra, interveio para dizer que não podia deixar de estar presente num dia tão importante para aquela que é a sua comunidade paroquial durante o mês de agosto.

A sessão solene terminou, após a intervenção do presidente da Câmara de Portimão (ver notícia), com a assinatura do contrato-programa entre a paróquia e autarquia, referente ao subsídio de 70 mil euros para renovação elétrica e da iluminação. A autarquia já tinha contribuído anteriormente com 150 mil euros.

Samuel Mendonça