“O Espírito Santo edifica, anima e santifica a Igreja porque tem a missão de a fazer testemunhar a verdade acerca de Jesus Cristo. A missão do Espírito Santo é esta e a missão da Igreja é deixar-se envolver por este Espírito que a tornará santa, na medida em que dermos ao Espírito Santo o seu lugar”, afirmou o sacerdote no terceiro encontro de reflexão sobre o Ano da Fé (proclamado pelo Papa para toda a Igreja de outubro de 2012 a novembro de 2013) que o Colégio de Nossa Senhora do Alto, em Faro, tem vindo a promover.

Na conferência sob o tema “Creio no Espírito Santo”, o presbítero lembrou aos 43 participantes que “é o Espírito Santo que ilumina e governa a Igreja toda”. “E quando não é, encontramos máculas que têm sabor a pecado e pecado que tem rumo de abismo. Por isso, é preferível que, em cada circunstância da nossa vida, aqueles que temos missões na Igreja, nos deixemos iluminar pelo Espírito Santo, mesmo quando a luz do mundo parece querer ser mais forte do que a luz de Deus”, complementou.

O conferencista, que explicou que “o Espírito do Senhor é o Espírito Santo de Deus, deixou claro que o mesmo “não é nem um acrescento, nem um pormenor”. “É uma pessoa da Santíssima Trindade que tem a missão de advogar a nossa vida diante do mundo”, sustentou, acrescentando que “o Espírito Santo foi falando, ao longo da história, por todos os que foram sendo suscitados como anunciadores e mensageiros de Deus”. “Enquanto existir Igreja, ou a Igreja que queremos ser, só poderemos sê-lo à luz do Espírito Santo. Hoje somos Igreja, fruto da presença, vida e vinda do Espírito Santo no meio da primeira Igreja com os apóstolos, mas também no nosso dia-a-dia”, frisou.

Neste sentido, o sacerdote considerou que o Espírito Santo faz com que cada cristão se torne “missionário no meio do mundo”. “O Espírito do Senhor é-nos entregue em potência no dia do nosso batismo, em plenitude no dia do nosso Crisma e em realidade cada vez que cada um de nós não tem receio de se afirmar como homem de Deus no meio do mundo. Ter o Espírito Santo na Igreja é sentir permanentemente este «fogo» que nos leva a sair da nossa casa ao templo para celebrar a fé e nos leva a sair do templo ao mundo para testemunhar essa mesma fé”, sustentou.

O padre Pedro Manuel, que enumerou os “dons do Espírito Santo” – Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor de Deus – apontou os “desafios” que o mesmo faz à vida dos cristãos. Uma “vida espiritual e religiosa mais intensa, capacidade de discernir, diante do bem e do mal, qual o caminho a seguir, uma inserção eclesial mais intensa, e o acolhimento dos sete dons”, foram os aspetos realçados.

A última conferência sobre o Ano da Fé terá lugar no próximo dia 30 de abril, no mesmo lugar.

Samuel Mendonça