“Pelo que me é transmitido, as perspetivas são boas para o verão e prepara-se um época alta razoável do ponto de vista dos hoteleiros. A informação que me dão é essa, embora ainda não haja números que a sustentem”, disse António Pina em declarações à Lusa, a uma semana da abertura oficial da época balnear.

Pina disse que a subida expetável nas taxas de ocupação é justificada pela “saída da recessão nos mercados emissores e a melhoria da situação financeira”, numa referência a países como a Grã-Bretanha e a Alemanha.

O presidente do Turismo do Algarve disse ainda “é fruto acima de tudo, do trabalho de promoção que os hoteleiros têm feito”.

António Pina frisou, no entanto, que “ter mais turistas pode não significar mais receita”, uma vez que as “descidas verificadas durante os meses de inverno têm que ser compensadas”

“Por isso, não quer dizer que a receita aumente na mesma proporção”, alertou.

O presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas, disse que “as perspetivas, em média, porque a situação não e igual em todos os empreendimentos, apontam para uma subida de cinco por cento nas marcações”.

Elidérico Viegas referiu que “os conflitos registados em países do norte de África estão a fazer com que muitos turistas sejam desviados para outros destinos, incluindo o Algarve”, mas frisou que “esse aumento nas marcações incide sobretudo nos empreendimentos que trabalham com o mercado britânico”.

“Há zonas do Algarve, como o Sotavento, que trabalham mais com o mercado holandês e português, onde isso não se está a verificar. Além disso, durante a época baixa registaram-se sempre descidas nas taxas de ocupação, pelo que, mesmo que se verifique esse aumento, em média não assistiremos a aumento de cinco pontos percentuais mas de cerca de 2,5”, acrescentou.

O presidente da principal associação de hoteleiros do Algarve lembrou ainda que “muitos hotéis desceram os preços e, por isso, mesmo que haja uma subida nas taxas de ocupação, esta não será acompanhada de uma subida das receitas”.

Lusa