O conjunto dos sete assaltos que realizou ao longo de quase dois anos rendeu-lhe cerca de 30 mil euros, uma média de 4.285 euros por assalto.
Fonte da PJ disse à Lusa que o homem tem atuado sempre à hora do almoço, altura em que há menos funcionários nas agências de pequena dimensão que escolhe como alvos, após passar duas ou três vezes em frente aos bancos para se certificar de que não há clientes.
Com apenas um ou dois funcionários ao balcão, o suspeito pede ao caixa para abrir uma conta, após o que lhe mostra um revólver e coloca um saco sobre o balcão, exigindo-lhe que lá ponha todo o dinheiro disponível em caixa.
Depois, sai dos estabelecimentos em passo normal, disse a fonte, revelando que, até hoje, os assaltos têm decorrido sempre sem violência ou altercações de voz.
Segundo a mesma fonte, a PJ não tem a certeza absoluta de que a arma é verdadeira, mas, se o for, parece tratar-se de um revólver de calibre 0.32 milímetros.
Para a PJ, a atividade criminosa do homem tem sido facilitada até agora pela inexistência de câmaras no exterior das agências e pelo fraco movimento nas ruas à hora e nos locais em que atua, já que escolhe localidades ou zonas relativamente isoladas.
O espaçamento temporal da atividade criminosa, à exceção dos dois últimos casos, verificados ambos em agosto de 2011, também tem dificultado até agora as investigações.
O primeiro assalto decorreu a 14 de dezembro de 2009 na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de São Bartolomeu de Messines (Silves), após o que se registou um intervalo de seis meses até ao segundo assalto, em maio de 2010, na CCAM de Pêra (Silves).
Sete meses depois, em dezembro do mesmo ano, o solitário assaltaria a agência de Benfarras (Loulé) do Barklays Bank e em março de 2011 foi a vez do BPI de Quarteira, após o que se registam os dos assaltos de agosto do mesmo ano: no Millenium de Algoz (Silves) e no Barklays Nank da Marina de Vilamoura (Loulé).