O assalto ocorreu cerca das 03:00 da madrugada de domingo, numa altura em que o cidadão inglês se preparava para entrar em sua casa em Vilamoura, explicou à Lusa o major Vítor Calado, da GNR Algarve.

A vítima foi transportada na madrugada de domingo para o Hospital Central de Faro devido aos "ferimentos na face", nomeadamente hematomas, mas teve que ser transferido para o Hospital S. José, em Lisboa, por não haver a especialidade de maxilo-facial, disse fonte daquela unidade hospitalar.

De regresso ao Hospital Central de Faro, o cidadão inglês obteve hoje alta hospitalar para o hospital da área de residência, acrescentou a mesma fonte.

O caso está agora a ser investigado pela Polícia Judiciária.

No último mês, o Algarve tem sido palco de vários assaltos a moradias com recurso a violência e até sequestro – em Almancil, Loulé e Faro -, sendo que em dois dos casos as vítimas eram estrangeiras.

A insegurança vivida no Algarve já levou o autarca de Portimão, Manuel da Luz, a propor ao Governo, na semana passada, a criação de brigadas policiais especializadas na área do turismo à semelhança do que acontece na educação com o programa "Escola Segura".

A venda de sistemas de segurança para habitação, por seu turno, disparou no Algarve de 400 alarmes vendidos anualmente para 2000 alarmes/ano e existem cada vez mais pessoas a dirigir-se às empresas especializadas para pedir informações sobre os produtos disponíveis.

O presidente do Observatório sobre Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) alertou, recentemente, para ausência de um "plano de segurança" para o Algarve e a falta de "critérios objectivos" no reforço policial no Verão.

Em Outubro, o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) referiu que os empresários do sector hoteleiro têm registado a infiltração de pessoas dentro dos hotéis que conseguem "penetrar nos alojamentos e roubar dinheiro e valores facilmente convertíveis em dinheiro".