O local de concentração para a marcha lenta e buzinão de sábado vai ser em Altura, no concelho de Castro Marim, junto ao Estrada Nacional 125 (EN125), às 17:30, com os participantes a saírem em direção a Tavira meia hora mais tarde.

Além destes protestos, a Comissão de Utentes adiantou que iria também realizar uma “marcha/concentração” em agosto, na festa do Pontal, que assinala o regresso político do PSD após as férias e onde se espera a presença do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e de outros elementos do seu Governo.

A Comissão de Utentes prometeu também realizar durante o percurso de cerca de 15 quilómetros várias ações surpresa, que nos protestos já realizados passaram, por exemplo, pela deposição de flores em locais onde se registaram acidentes rodoviários com vítimas mortais.

A estrutura algarvia considera que “ano e meio depois da imposição das portagens na Via do Infante pelo Governo PSD/CDS-PP e com o apoio do PS”, o Algarve vive “uma situação de catástrofe social e económica”, com perto de “quase 100 mil desempregados, centenas de falências de empresas e a EN125 transformada de novo na ‘estrada da morte’”, devido ao aumento da sinistralidade rodoviária motivado pela fuga de automobilistas da A22.

A Comissão de Utentes sublinhou o aumento do número de vítimas de acidentes prende-se com o incremento no volume de tráfego registado na EN125 após a introdução de portagens, tornando a estrada “num inferno” para quem quer circular, sobretudo de verão, devido às longas filas que se formam numa via que atravessa muitas localidades algarvias e zonas residenciais.

A Via do Infante foi aberta ao trânsito em 1991 e em 2003 foi transformada autoestrada Sem Custos para o Utilizador (SCUT) do Algarve (A22), mas começou a ser portajada a 08 de dezembro de 2011, data desde a qual e a Comissão de Utentes luta pelo fim do pagamento na via que atravessa a região, de Vila Real de Santo António a Lagos.

Na terça-feira passada, a Comissão de Utentes da Via do Infante anunciou várias ações de “desobediência civil” contra as portagens, nas quais se incluem acampadas junto às residências de férias do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, na Manta Rota, em Vila Real de Santo António, e do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, na praia da Coelha, em Albufeira.

A estrutura que representa os utentes da A22 assegurou na altura que a luta pela abolição das portagens no Algarve iria “continuar em força este verão”, sobretudo na segunda quinzena de agosto, período em que habitualmente Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho se deslocam à região para usufruírem de uns dias de descanso.

Lusa