“Neste momento, o nosso foco está em contribuir para minimizar potenciais disrupções operacionais que afetam as companhias aéreas, passageiros, carga e correio, em virtude da suspensão da actividade da Groundforce [prestadora de serviços de assistência de transportes em terra nos aeroportos portugueses] “, disse à agência Lusa fonte oficial da empresa.

Na quarta feira, o administrador delegado da Groundforce revelou que a maior operadora de assistência em escala em Lisboa, Porto, Faro e no Funchal, ia suspender a sua operação no aeroporto de Faro e despedir os 336 trabalhadores.

A suspensão da operação da Groundforce no aeroporto de Faro visa reduzir os prejuízos da empresa, condição que “é indispensável à viabilização do seu futuro e dos restantes 2 mil postos de trabalho", garantiu então Fernando de Melo numa conferência de imprensa em Lisboa.

A Portway disse ainda à Lusa que “não houve qualquer contacto” para vir a absorver parte dos trabalhadores alvo de despedimento coletivo, frisando apenas que está a acomodar a operação da Groundforce no aeroporto de Faro na estrutura da empresa, “dentro do possível e requerido” pelas companhias aéreas, sejam elas de baixo custo (‘low cost’), regulares ou operações ‘charter’.

Por seu turno, a fonte oficial da TAP avançou à agência Lusa que a transportadora aérea nacional, para não correr riscos” enviou trabalhadores para o aeroporto de Faro, a fim de assegurar a assistência aos seus aviões.

A TAP, depois de conhecida a suspensão da operação pela Groundforce em Faro suspendeu o contrato que a ligava à Groundforce, admitindo vir “a contratualizar os serviços da Portway ou, mesmo, vir a utilizar o ‘self-handling’”, avançou à Lusa uma fonte ligada ao processo.

O capital da Groundforce é detido atualmente a 100 por cento pela TAP.

Em 2007, a companhia Globália, detentora de 50,1 por cento da Groundforce, decidiu abandonar o negócio em Portugal.

Na ocasião, a TAP mobilizou um grupo de bancos para tomar a posição da Groundforce, o que se veio a concretizar-se em 17 de maio de 2008.

A 20 de março de 2009 esta participação foi assumida pela TAP, mas a 19 de dezembro a Autoridade da Concorrência (AdC) proibiu a concentração entre a TAP/SPdH (Groundforce), transferindo a sua gestão para um mandatário de gestão, Fernando Melo, até à data da alienação de, pelo menos, 50,1 por cento do seu capital, sem mencionar qualquer prazo.

Por seu turno, a Portway foi criada a 2 de maio de 2000, operando nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e no Funchal.

O capital da empresa é detido na totalidade pela ANA – Aeroportos e Navegação, resultando da compra dos 40 por cento detidos pela Fraport-Frankfurt Airport Services Worldwide.

Lusa