Em carta aberta aos munícipes, Manuel da Luz – que cumpre o último ano de mandato à frente da autarquia – desmente categoricamente o rumor que circula na cidade e garante que não é arguido em qualquer processo judicial.
“Instrui advogado para apresentação de queixa junto do Ministério Público relativamente a esta matéria”, afirma na carta, sublinhando que as críticas políticas não o afetam “absolutamente nada”, mas reconhecendo-se afetado por este “ataque ao bom nome”.
Em declarações à Lusa, Manuel da Luz sublinhou que os boatos o atingem e incomodam os seus filhos e a sua família, manifestando o direito de agir em defesa da sua honra.
“Não tenho qualquer projeto político porque atingi o final da carreira como autarca e não posso recandidatar-me, mas quero andar na rua de cabeça levantada. Aliás, como ando e as pessoas que me conhecem sabem disso”, disse.
De acordo com o autarca, os rumores começaram há cerca de um mês, altura em que uma vereadora o pôs ao corrente do teor do boato.
“Na altura não liguei muito e deixámos correr, mas de há 15 dias para cá houve muitos munícipes que se me dirigiram e os boatos têm-se multiplicado de uma forma estúpida”, afirmou, sublinhando que já se dirigiram a ele “dezenas de pessoas de vários extratos sociais”.
Garantiu também ser falso que tenha “desaparecido” das atividades da câmara, asseverando que vai ao município “todos os dias” e desloca-se amiúde a cerimónias públicas.
Na carta aberta aos munícipes, Manuel da Luz afirma que, desde que é autarca, em janeiro de 1994, a sua atividade pública “tem sido transparente e escrutinada por toda a gente, incluindo todos os órgãos fiscalizadores da República”.
Declara também que não se deixará “abater moral ou politicamente” através do que qualifica como “manobras miseráveis”, manifestando o desejo de que se venha a saber publicamente “quem são os responsáveis por esta tentativa de assassinato moral e político”.
Lusa