Marco Vilela frisou à Lusa que está “desde março de 2010 à espera de receber o dinheiro” e tem feito “contactos insistentes juntos da autarquia, mas sem obter resposta”, depois de em fevereiro de 2011 o vice-presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, José Carlos Barros, “ter garantido que o pagamento seria feito impreterivelmente até ao fim” daquele mês.
“Isso não aconteceu e desde então tenho-me deparado com um silêncio absoluto por parte da câmara”, afirmou, frisando que em causa está uma verba de 3.850 euros mais IVA.
Marco Vilela disse que a produtora teve que “contratar um segundo operador de câmara e fazer 12 deslocações a Vila Real de Santo António para filmar o carnaval”, além de ter feito a montagem das imagens e produzido 500 cópias para entregar à autarquia, e a verba que tem a receber “representa bastante” para “uma empresa pequena que trabalha num ramo em que não é fácil ter trabalho constante”.
A Lusa questionou a Câmara de Vila Real de Santo António sobre as acusações da Juicylime Audiovisuais, mas o vice-presidente disse que a autarquia “não comenta” o assunto.
Por seu turno, o presidente da comissão executiva da Algarve Film Comission, Paulo Pereira, disse à Lusa que "o trabalho foi realizado para a Câmara de Vila Real de Santo António sobre um evento que se passava na cidade" e a responsabilidade pelo pagamento à produtora é da autarquia.
"Nós apenas acedemos a integrar aquela verba no protocolo que celebrámos com a câmara municipal, que na altura nos fez um pedido nesse sentido", frisou.