Em causa estão os alimentos fornecidos que, conforme apurou FOLHA DO DOMINGO, irão resumir-se – pelo menos no primeiro dos dois fornecimentos anuais (a realizar-se já no próximo mês de junho) – a leite, bolachas e papa láctea, deixando assim as instituições de receber massa, arroz, farinha, manteiga ou queijo como aconteceu em anos anteriores.
De acordo com factos conhecidos por FOLHA DO DOMINGO, as instituições foram convocadas para uma reunião no Centro de Segurança Social de Faro, no passado dia 30 de março, na qual foram informadas da redução em causa sem que tenha sido avançada qualquer justificação para a decisão que está a desagradar às beneficiárias e mediadoras, precisamente numa altura em que os pedidos de ajuda que lhes chegam têm vindo a aumentar exponencialmente.
As discordâncias das IPSS em relação às normas do PCAAC não são novas. Diversos responsáveis têm vindo a manifestar-se contra exigências burocráticas e fornecimentos estipulados pelo programa. Muitas das instituições mediadoras contestam serem feitos apenas dois fornecimentos anuais (junho e setembro/outubro) por não fomentarem nos beneficiários hábitos de gestão mensal de recursos, uma vez que o programa impõe que, três meses após o fornecimento para o semestre seguinte, as instituições tenham todo o fornecimento distribuído.
FOLHA DO DOMINGO tentou obter informações sobre esta redução junto dos responsáveis de várias IPSS beneficiárias ou mediadoras algarvias do PCAAC mas ninguém quis falar sobre o assunto. De igual modo, procurou também colher esclarecimentos das responsáveis do Gabinete de Apoio a Programas do Instituto da Segurança Social, em Lisboa, e da responsável pelo PCAAC no Centro de Segurança Social de Faro, sem sucesso até ao momento.