"Numa região já flagelada pelo elevado índice de desemprego, o PSD Algarve insurge-se contra este anúncio de despedimento dos 336 colaboradores da Groundforce de Faro, com os quais a Comissão Política Distrital manifesta a sua total solidariedade", afirmou a Comissão Política Distrital social democrata num comunicado.

O PSD disse não entender como, "numa empresa tutelada pelo Estado, é possível anunciar-se o despedimento de 336 funcionários por e-mail" e questionou-se sobre "como é possível o Governo permitir esta forma perfeitamente desumana de agir de uma administração perante os seus colaboradores".

"Para o PSD Algarve é incompreensível a manifestação de impotência que o Governo, quer através do ministro das Obras Públicas (Transportes e Comunicações, António Mendonça), quer da ministra do Trabalho (e Solidariedade Social, Helena André), demonstraram perante esta situação, já que a Groundforce é detida a 100 por cento pela TAP, uma empresa pública, tutelada pelo Governo", acrescentou.

A distrital algarvia do maior partido da oposição frisou que a principal fonte da receitas do Algarve é Turismo e o aeroporto de Faro "é uma das suas principais portas de entrada" na região, questionando-se sobre "as consequências que o encerramento da operação da Groundforce terá na economia" da região.

"Considerando que o aeroporto de Faro é o segundo maior de Portugal continental em movimento de passageiros e que no período de verão o movimento diário atinge os milhares de passageiros, o PSD Algarve não pode deixar de manifestar a sua preocupação em relação à qualidade de serviço que milhares de turistas nacionais e estrangeiros irão ter nesta infraestrutura essencial para a imagem da região", disse ainda o partido.

Os sociais democratas algarvios disseram ainda não compreender "o anunciado insucesso da operação da Groundforce no aeroporto de Faro", onde há um "elevado movimento de passageiros, carga e correio".

"Aliás, a principal concorrente nacional, a Portway, já se manifestou disponível para colaborar com as autoridades para minimizar o impacto que este encerramento terá no normal funcionamento da infraestrutura. Como é que uma operação é tida como deficitária mas a outra empresa está disponível para a assumir", questionou ainda o PSD do Algarve.

Lusa