Em comunicado, o PSD/Algarve considerou precipitada e inaceitável a transferência do helicóptero e a anunciada retirada do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
“Não é aceitável nem justificável o encerramento da delegação regional por razões eventualmente económicas”, lê-se no comunicado onde se exige que o INEM assuma as suas responsabilidades perante aquela região.
Perante as críticas recebidas na região, o INEM emitiu na terça-feira um comunicado onde explica que o helicóptero Kamov estacionado no Heliporto Municipal de Loulé continua a ter uma equipa médica de apoio permanente e tem um kit de evacuação médica instalado em permanência.
De acordo com a comunicação do INEM, os helicópteros destacados para Loulé e Beja passam a ter sensivelmente a mesma população para acorrer em caso de emergência, uma vez que os três distritos do Alentejo têm 437.882 residentes e o Algarve tem 451.005.
O INEM observou ainda que no período de verão – em que a população flutuante do Algarve efetivamente aumenta – o helicóptero que está em Beja voltará ao Algarve, pois os Kamov estarão nessa época afetos aos fogos florestais.
Três helicópteros da Administração Interna começaram na segunda-feira a operar para o INEM, juntando-se aos outros dois que o instituto aluga em exclusivo para a emergência médica, uma medida que se espera vá gerar uma poupança de 2,5 milhões por ano.
Até agora, o INEM tem pago dez milhões de euros anuais pelo aluguer de cinco helicópteros estacionados em Lisboa, Porto, Macedo de Cavaleiros, Aguiar da Beira e Loulé, e manterá apenas três em Lisboa, Beja e Vila Real.
Pelo uso dos helicópteros da Administração Interna – que estarão estacionados com equipa médica em Santa Comba Dão, Loulé e Ponte de Sor (de reserva) – o INEM pagará um milhão de euros anuais.
A estratégia do INEM tem sofrido outras contestações a nível nacional, e uma providência cautelar apresentada pelas autarquias do distrito de Bragança garantiu a permanência provisória do helicóptero de emergência médica de Macedo de Cavaleiros, confirmou à Lusa fonte do gabinete de Relações Públicas do INEM.
Lusa