Em comunicado, a PSP atribui os crimes a uma sucateira da zona de Algoz, Silves, que com recurso a uma viatura de pronto-socorro rebocava os carros diretamente para as suas instalações, onde de imediato os compactava.

O material compactado seria depois alegadamente vendido ao quilo a empresas espanholas, acrescenta a PSP, que estima que já terão sido destruídas "largas centenas" de viaturas através deste método.

De acordo com a PSP, os carros a furtar – na sua maioria abandonados -, eram previamente sinalizados, sendo depois acionado um reboque que recolhia as viaturas referenciadas e as destruía.

O reboque foi detetado no último fim-de-semana pela PSP a circular numas das principais avenidas de Portimão, cidade onde nos últimos meses desapareceram dezenas de viaturas, apesar da actividade se estender a toda a região.

Depois de efetuar buscas aos escritórios da sucateira, a PSP descobriu e apreendeu documentos falsos que lhes permitiu referenciar vários carros dados como furtados pelos proprietários.

No local foram encontradas dezenas de chapas de matrícula pertencentes a veículos já tinham sido irremediavelmente destruídos e também 40 viaturas furtadas em Portimão prontas a receber o mesmo destino.

Ao abrigo desta operação, a PSP constitui quatro arguidos, sendo dois deles os que ocupavam a viatura de reboque detetada no fim-de-semana pela polícia a circular numa das principais avenidas de Portimão.

Lusa