Promovido pela Junta Regional do Algarve do CNE, o dia, que teve como lema “Junto ao Arade, crescemos como comunidade”, iniciou com a eucaristia, pela manhã, no pavilhão Arena. A celebração foi presidida pelo bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, e concelebrada por muitos dos sacerdotes assistentes dos 33 agrupamentos algarvios do movimento escutista.

D. Manuel Quintas dirigiu aos escuteiros, particularmente aos dirigentes do movimento, uma palavra de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido e de estímulo à sua continuação, mas também de exigência à fidelidade aos ideais do escutismo católico.

No final da celebração, Carlos Alberto Pereira deixou claro que “celebrar o aniversário de BP, mais do que lembrar a sua vida, é lembrar a sua obra”. O chefe nacional do CNE exortou os escuteiros a “dar vida” ao movimento, “de forma a vivê-lo como BP o definiu: uma escola de cidadania”. O dirigente evidenciou o “contributo inestimável” do CNE “para a construção de um mundo melhor”, quer a nível ambiental, quer social e frisou não ser possível calcular quantos escuteiros passaram pelo movimento. “A nossa missão é de nos dedicarmos para que todos os jovens possam sentir esta felicidade de contribuir, como nos disse BP, para «deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrámos»”, afirmou.

O chefe regional do CNE, José João Cercas, destacou a alegria de todos pela presença de tantos escuteiros e sublinhou a oportunidade de aprendizagem sobre a comunidade portimonense e sobre a importância do rio Arade ao longo dos tempos.

O padre Mário de Sousa, assistente do Agrupamento de Portimão, o 159 do CNE, sublinhou que “se BP não fosse cristão, hoje não teríamos escutismo”. “Foi a sua sensibilidade para o mundo como criação de Deus e para o outro, vendo nele um irmão – valores que recebeu da fé e do evangelho – que o levaram a fundar este movimento maravilhoso que é um serviço que a Igreja presta à sociedade civil e que, por isso, também espera dela o reconhecimento de tantos milhões de jovens que, através dos escutismo, souberam apreciar o mundo como um dom que é dado a preservar e o outro como irmão que é dado e está ao nosso lado para ser amado”, afirmou.

O Dia de BP, que contou ainda com a presença do presidente do Conselho Fiscal e Jurisdicional Nacional do CNE, José João Marcelo, e do anterior chefe nacional do movimento, Luís Lidington, teve continuidade com uma demonstração dos Bombeiros Voluntários de Portimão.

Após o almoço, foram realizadas, pela cidade, atividades para as quatro secções escutistas: Lobitos, Exploradores, Pioneiros e Caminheiros (no caso do ramo terrestre) e Lobitos, Moços, Marinheiros e Companheiros (no caso do ramo marítimo).

A cerimónia de encerramento do Dia de BP, realizado ainda na ocorrência do 50º aniversário do Agrupamento de Portimão, fez regressar os participantes, às 16h, ao pavilhão Arena, tendo o dia terminado em festa com um concerto da banda “Modu’S”, constituída por elementos do CNE.

Atualmente, o movimento escutista com mais de 25 milhões elementos no ativo, dispersos por 216 países do mundo, sendo que em Portugal existem mais de 70 mil escuteiros e no Algarve são quase 2060.

Samuel Mendonça

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