Destroços do aparelho acidentado  © Luís Forra/Lusa
Destroços do aparelho acidentado
© Luís Forra/Lusa/arquivo

A queda de um helicóptero no Algarve em 2013, que provocou um morto e dois feridos graves, deveu-se ao embate do aparelho numa linha elétrica, tardiamente avistada pelos três ocupantes, indica o relatório da investigação ontem divulgado.

O acidente ocorreu a 18 de dezembro de 2013, quando o helicóptero Eurocopter Colibri EC 120B procedia a um voo de inspeção de linhas elétricas de média tensão, instaladas próximo da povoação de Marmelete, Monchique, levando a bordo o piloto e dois técnicos da EDP.

O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA) explica que o choque se deveu à “visualização tardia do obstáculo (cruzamento de linha), por parte do piloto e do observador (técnico de inspeção visual que seguia a bordo), e à diminuição temporária da perceção da situação atual sobre a localização dos obstáculos”.

A ausência de informação deste obstáculo a bordo do helicóptero e da balizagem da linha elétrica, além de o acidente ter ocorrido durante uma manobra de reposicionamento e a linha elétrica estar projetada num fundo arborizado, são ainda apontados como fatores contributivos para o acidente, segundo o relatório final do GPIAA.

A queda do helicóptero provocou a morte do observador, ferimentos graves no piloto e no outro ocupante, e a destruição completa do aparelho.

Na sequência deste acidente, o GPIAA recomendou à EDP Distribuição a instalação de bolas de balizagem nas linhas consideradas obstáculos, enquanto à HeliPortugal, proprietária do helicóptero, recomendou que instalasse corta cabos nos helicópteros a operar em inspeção de linhas elétricas.

Na ocasião, o acidente levou a que a povoação de Marmelete e das zonas circundantes ao local estivessem sem energia elétrica durante algumas horas.