A Câmara de Faro tem, atualmente, dívidas de curto prazo na ordem dos 30 milhões de euros e, caso conseguisse vender hoje um conjunto de sete terrenos em hasta pública, poderia ter arrecadado “três milhões de euros” (dez por cento do valor daquelas dívidas), mas não apareceu nenhum interessado, contou o autarca Macário Correia.

“Preparámos um conjunto de terrenos para fazer receita e enfrentar as dificuldades financeiras, mas não está fácil obter crédito na banca e é normal que não apareçam interessados a subir as escadas da Câmara com cheques na mão para comprar”, adiantou o presidente da Câmara de Faro.

Nas cinco hastas públicas que a Câmara de Faro lançou nos últimos 18 meses, foram vendidos dois terrenos e feita uma permuta.

Em maio deste ano, o autarca declarou à Lusa que a Câmara previa levar 16 terrenos e edifícios a hasta pública para encaixar 12 milhões de euros a “curto prazo", entre eles lotes destinados a equipamentos coletivos na Lejana (estrada Senhora da Saúde), no Chelote (Campina), Rua José Pedro Machado (Gambelas), Rua 25 de Abril (Montenegro), ou na Rua Moncarapacho (Estoi).

Apesar de a Câmara estar a alienar património municipal, nada será vendido ao “desbarato”, assegurou o autarca, referindo que vai fazer todos os esforços para realizar bons negócios.

A Câmara de Faro vai levar a cabo uma nova hasta pública “nas próximas semanas”, onde estarão à venda terrenos na freguesia de Estoi para “habitação”, perto da escola e do cemitério, acrescentou o autarca.

Lusa