O Exército Português vai reduzir para quase metade o número de militares em operações de combate aos incêndios florestais este ano, devido aos cortes financeiros impostos pelo Governo, disse hoje fonte do Estado-maior daquele ramo militar.
“A informação que nós temos da equipa de sapadores do Exército Português que vai estar no Algarve é que se vai manter, conforme o ano antecedente”, disse à Lusa, à margem da cerimónia de apresentação do plano de combate aos incêndios florestais para 2011, que decorreu esta manhã no Governo Civil de Faro.
O dispositivo preparado para o Algarve para combater os incêndios este ano é idêntico ao de 2010, ano em que a região registou uma área ardida de “menos de 200 hectares”, referiu o comandante Abel Gomes, acrescentando que as equipas tudo farão para que a área ardida seja "igual ou menor ao longo de 2011".
A partir do próximo domingo o Algarve entra na fase "Bravo", que se prolonga até 30 de junho, e cujo dispositivo disponível para combater os incêndios vai contar com 54 equipas/brigadas, 365 operacionais, 93 veículos, um meio aéreo, 10 postos de vigia, mas nenhuma equipa da Sapadores do Exército.
Na fase "Charlie", a mais perigosa e que vai de 01 de julho a 30 de setembro, o plano de combate aos incêndios prevê 12 elementos do Exército Português, com uma brigada e um veículo, 24 postos de vigia, 89 equipas/brigadas, 484 operacionais e 123 veículos.
Na fase "Delta" – de 01 a 31 de outubro – os militares do Exército Português voltam a não estar previstos no dispositivo, mas estão 54 equipas/brigadas, 359 operacionais e 90 veículos.
As zonas identificadas como de maior risco estão essencialmente localizadas a Noroeste como a serra de Monchique, Vila do Bispo e Aljezur.
Lusa