O reitor da UALg falava à margem da sessão de lançamento do projeto "Algarve 2020 – Uma Proposta Jovem", que hoje à tarde decorreu na Faculdade de Economia da UAlg.
Segundo o reitor da instituição, trata-se de cortes "insustentáveis", que não permitirão o normal funcionamento das universidades nem o pagamento de salários, obrigando as instituições a cair numa situação de incumprimento quase generalizado.
"As universidades não são caixas de elástico ou caixas de borracha que podem ser comprimidas a bel prazer", contesta João Guerreiro, afirmando que quer acreditar que a Assembleia da República (AR) vai alterar a proposta.
De acordo com o reitor da UAlg, tem de haver uma avaliação muito rigorosa das necessidades das universidades, "de forma a admitir que há limites", uma vez que "o limite na proposta de orçamento foi francamente superado".
"Não é possível às universidades funcionarem com esses cortes", sublinha, lembrando que já foi feito entre 2011 e 2012 um corte de 8,5 por cento, ao qual se somam cortes mais moderados nos anos anteriores.
João Guerreiro refere ainda que está a ser fornecida informação à comissão especializada e aos deputados, no sentido de tentar inverter o conteúdo da proposta de lei.