A Câmara de Tavira sublinhou ontem a importância da adjudicação da reparação do cais do lixo da ilha de Tavira, construído há duas décadas pela autarquia, e que agora causa “dificuldades de carga e descarga aos restaurantes de praia”.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do município, Jorge Botelho, lembrou que esta obra, juntamente com a dos cais de acesso à praia de Cabanas, tinha sido “pedida pela autarquia há anos e agora a Docapesca, e bem, vai avançar” com os trabalhos.
“O cais do lixo da ilha de Tavira estava partido há muitos anos, tinha sido feito pela Câmara há 15 ou 20 anos, estava partido e estava a tornar impraticável o acesso das cargas para os restaurantes que estão na praia, que estavam a ficar sem acesso. Os proprietários pagam taxas, a Docapesca tinha essa obrigação”, afirmou Jorge Botelho.
O autarca disse, ainda, que a intervenção realizada nos cais de acesso à ilha de Cabanas permitiram melhorar o acesso e a segurança dos utentes da praia.
“Foi também promovido pela Docapesca o arranjo dos cais da ilha de Cabanas, que ficaram bem agora, porque estão desassoreados e vão ficar mais acessíveis, permitindo que as pessoas cheguem e regressem da praia com mais segurança”, sublinhou.
Jorge Botelho frisou que, depois da intervenção para desassorear a barra de Tavira, obra realizada no início do mês, “fica a faltar a grande intervenção de desassoreamento prevista pela Sociedade Polis [Litoral da Ria Formosa]”, que espera possa ser feito “o mais rapidamente possível”.
A Docapesca anunciara que, “atuando como Administração Portuária”, competência que lhe foi atribuída após a extinção do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, “adjudicou algumas intervenções de emergência para salvaguardar o funcionamento de infraestruturas portuárias que são utilizadas pelos utentes de Cabana, Ilha de Cabanas, Quatro–Águas e Ilha de Tavira, no concelho de Tavira”.
“Assim, estão em curso, medidas de regularização do tráfego de embarcações no Canal de Cabanas, através da delimitação/assinalamento do Canal de Cabanas (já realizado com o apoio da Autoridade Marítima) e revisão do Regulamento do Uso das Infraestruturas Portuárias na Marginal de Cabanas e Ilha de Cabanas”, precisou.
A Docapesca frisou, ainda, que em Cabanas foi feita a “reposição das cotas do canal junto dos dois cais de apoio ao transporte regular de passageiros entre a marginal e a ilha”, o que permite “o funcionamento nas melhores condições de segurança, mantendo a cadência necessária para o transporte dos passageiros, que se estimam em cerca de 2.000/dia entre Cabanas e a Ilha de Cabanas, em alguns dias de agosto”.
As intervenções representam um investimento de 80.000 euros, adiantou a Docapesca em comunicado.